Depois de uma subida da inflação no atacado (o IGP-DI foi parar nos 1,39%, em agosto, vindo de 0,37% em julho, grande parte dos quais atribuído a um aumento de 1,96% do Índice de Preços por Atacado), e da turbulência internacional o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC resolveu reduzir o ritmo de queda da taxa Selic.

Calma, calma, vamos voltar a falar português. O que está acontecendo é mais ou menos aquilo que a gente falou quando comentou o efeito do dólar na inflação . Como o preço de alguns produtos como soja, leite e carne ficaram mais caros no exterior, o preço sobe aqui também.

E a taxa Selic? O que tem a ver com isso? A taxa Selic é utilizada para controlar a inflação. De maneira bem simplificada é o seguinte: se o Banco Central (Copom) entende que a inflação está alta, ele aumenta a taxa de juros (Selic), isso é, ele promete àquelas pessoas que emprestarem o dinheiro para o Governo, uma remuneração maior (mais juros). Com isso, o investidor (pense não apenas no cara que tem uma graninha sobrando e coloca na poupança, mas aquele que está pensando em abrir uma fábrica e contratar mais gente) desiste de investir em algum negócio e empresta o dinheiro para o Governo. Além disso, se o investidor fosse pegar a grana emprestada de um banco, por exemplo, o custo seria maior, o que faria com que este investidor repensasse se valeria pedir o empréstimo, desistindo de realizar o investimento.

O efeito dessa história toda é: menos dinheiro em circulação e menos potencial dos preços subirem.

Por hoje é só.