Quando experimentamos as coisas, sabemos melhor como elas funcionam. De qualquer maneira, não aconselho a utilização de operações a termo para os iniciantes. Principalmente quando o mercado está nessa indefinição e com uma forte tendência para a baixa.
Falo isso porque já fui vítima desta operação em um momento semelhante, há uns 8 anos. O resultado não foi desesperador porque eu tive a coragem de sair logo, mas nem sempre as pessoas tem esta oportuinidade.
Uma operação a termo funciona assim: você possui uma carteira de ações ou outra garantia, mas não tem dinheiro vivo para operar. Apesar disso, você quer comprar mais algumas ações. Sua corretora pode chegar com a excelente idéia: “por que você não faz uma operação a termo?” Trata-se da compra de uma determinada quantidade de ações com o pagamento feito em um mês. Você compra as ações com preço que estão sendo negociadas hoje e, como não tem dinheiro, paga juros para alguém que lhe empresta dinheiro mas você nunca chegou a conhecer. Para fazer a operação, a corretora exige uma garantia, que é parte da sua carteira de ações que está custodiada com ela, ou depósitos em dinheiro referentes a parte do total das ações que você “comprou”.
Isso acontece porque, em última instância, se você não tiver dinheiro para pagar as ações e elas caírem, mesmo vendendo aquelas que você comprou, será insuficiente para pagar o valor das ações cotadas pelo preço da data que você comprou, acrescidos os juros da operação. Para cobrir esta possível diferença, você é chamado a depositar a “margem”.
Quando o mercado está subindo, tudo bem, pois, se daqui a um mês as ações estiverem em alta, você paga o empréstimo e fica com as ações (se você tiver dinheiro, é claro). Se não tiver, você pode “rolar” o termo, o que significa pagar mais juros e “comprar de novo” as ações (mais corretagem).
Se as ações estiverem em baixa, a coisa complica, porque você será tentado a “rolar” o termo, ou seja, adquirir novamente as ações a termo e pagar a diferença do preço conforme comentei anteriormente.
Nesse ponto reside o problema. Como na maioria dos jogos, não aceitamos bem a perda e, como temos “gás”, resolvemos apostar numa recuperação futura e fazemos um novo negócio, pagando a diferença e comprando de novo a ação.
Como não há limites para a queda, o termo deixa uma posição em aberto que deve ser coberta, se você não tem dinheiro vivo, terá que vender sua posição (as ações que você já tem) para pagar.
O problema é que, após determinado tempo, você acaba rolando tantas vezes a operação na esperança de uma situação melhor, que perde uma fortuna em quedas de preços (sem contar o pagamento de comissões).
Portanto, evite operar no mercado de ações com o dinheiro dos outros.
legal =)
Show de bola o texto, esclareceu todas às minhas dúvidas!!!
Um abraço!
Olá, Marcel,
Muito obrigado. Espero que você retorne ao Blog mais vezes.
Abraço do Beto