A coisa realmente era feia. O Merrill Lynch foi vendido para o Bank of America, numa tacada de concentração extraordinária. Menos sortudo foi o Lehman Brothers, que pediu o que no Brasil era chamado de concordata.
O mercado de ações vai ser uma beleza! A situação está mais que feia. Mas uma coisa importante é saber que vamos sair vivos dessa. Daqui a uns dois, cinco, oito anos, mas vamos.
O problema com relação a este banco que quebrou e outro, o AIG, que também está na boca da caçapa, é que há um monte de credores na outra ponta, dentre eles, vários outros bancos, que, certamente, vão ficar numa situação muuuuuito difícil.
A grande questão que vai tomar conta da imprensa será a regulação bancária e do mercado de capitais. Uns vão defender a radicalização da regulação e outros a liberação geral.
Eu acho que a radicalização e a liberação geral são saídas que nunca vão resolver o problema. Aliás, nesse comentário de botequim que estou fazendo, vamos fazer a seguinte suposição: tanto para o caso da rigidez total quanto do “deixa que a gente cuida”, os grandes bancos continuarão tendo influência irrestrita na determinação das regras. Ah, ia me esquecendo, vão também dominar a indicação dos agentes da lei para um caso e dos dirigentes da associação de auto-regulação para o outro. Isso significa que as regras sairão como eles pretendem, e não de forma a garantir o bom funcionamento do mercado.
Bom, mas fica esta minha humilde opinião para aqueles que se interessam pelo assunto.