Estão falando sobre o aumento do spread bancário, que é a diferença entre o custo da captação dos bancos e o dos empréstimos realizados para as pessoas e empresas, e atribuindo o seu aumento à elevação da inadimplência.
Eu acredito que este seja um fator, mas outro, que pouca gente está se lembrando no governo é que o crédito não está mais podendo contar com o empurrãozinho das tarifas bancárias nas operações. Logo, o que era embromação na taxa de juros e era desviado para as tarifas, hoje tem que ficar no crédito mesmo.
Alguns dos leitores podem até ficar meio confusos com o que estou falando, porque eles visitam esta página justamente por estarem sendo cobrados da tarifa de renovação de cadastro (basta dar uma olhada na quantidade de comentários dessa postagem). Este é o problema: como não podem mais cobrar tarifas no crédito, os bancos passaram a aumentar a carga para cima dos correntistas.
O bom (se é que se pode chamar assim) é que o cliente que toma crédito está pagando uma taxa de juros alta mas comparável, coisa que não tinha condição de ser feita no passado. Aí ele chia e a pressão pode levar os bancos a rever esse aumento nos ganhos. Na outra ponta, o correntista, que não é saco de pancada, também vai reclamar e a pressão também virá por aí.
Eu só espero é que os bancos não venham reclamar que, diante da crise, precisam ser “salvos” pelo governo, pois, se isso acontecer, é claro que serão atendidos e aí vai sobrar para todo mundo. Só lembrando: o bolso para pagar esta conta será o nosso.
Cruz credo! Sai para lá, encosto!
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