O cadastro positivo é um eufemismo para uma nova modalidade de informações que passarão a fazer parte das bases de dados sobre pagadores.
A principio, não vejo nada de mais em tornar disponível o comportamento dos copradores a prestação. Acho, assim como toda a literatura tende a reforçar, que se trata de uma possibilidade para que os candidatos a devedores façam “leilão” dos seus papagaios.
Sou totalmente favorável à idéia de que quem é bom pagador deva encarar juros menores. Outra idéia da qual comungo é aquela de que o credor que tem conhecimento do valor de crédito do devedor pode até cobrar mais caro, desde que seu concorrente possa ter uma visão de longo prazo e lhe roubar o cliente.
O problema, porém, é termos um cadastro positivo, explorado comercialmente, quase que na forma de monopólio.
Acredito que esta informação deve ser acessível a baixo custo por quem quer que seja, desde que interessado em oferecer ao cliente o dinheiro e, adicionalmente, que o candidato a devedor autorize.
Inclusive e, principalmente, o comércio.
Vamos ver se a exploração dessa atividade, diferentemente de uma série de outras que conhecemos e que nos prometeram seriam submetidas à concorrência, seja feita por um grande número de empresas, de modo que o custo seja o menor possível para quem consulta, uma vez que o repasse é inevitável.