É curioso perceber que a intenção do secretário do Tesouro Tim Geithner. É de expandir as regras mais rígidas da economia para os demais países, numa clara demonstração de que os Estados Unidos são ótimos reguladores bancários.
Por outro lado, fico muito feliz em ver que as idéias de Basiléia II, de deixar cada banco fazer a sua própria avaliação de risco e dizer ao regulador quanto capital deve manter para realizar suas estripulias, digo, operações ativas, estão indo por chão.
O relatório do SCAP (ou seria “sem saída”), a sigla para Supervisory Capital Assessment Program, uma força-tarefa de avaliação do capital dos bancos, organizada para realizar o que se chamou de stress test, ou teste de estresse, foi a materialização da minha crença.
O texto é claro ao afirmar que solicitou dados aos bancos e verificou as projeções e efeitos que diversos cenários poderiam causar à saúde das instituições. Revisou os cálculos, pediu informações adicionais, e foi por ai.
Nesse ponto cabe uma perguntinha de idiota: por que não fizeram isso antes? Bom, acho que a resposta é que antes eles estavam ocupados em imaginar qual seria a próxima festa ou o próximo jantar, ou, ainda, qual seria o próximo emprego que o mercado iria lhes oferecer.
Enquanto isso, voltando à vaca fria, ou você não coloca nem um tostãozinho de dinheiro público no sistema e fica aguardando, como estamos agora, um ter coragem de emprestar para o outro (por que será que desconfiam tanto uns dos outros?), ou coloca o dinheiro lá e esquece, porque regulador que se preza “cuida do mercado”, “deixa o mercado funcionar”, “não ousa saber mais do que o mercado”, e por aí vai.
Outra perguntinha idiota: por que os reguladores, tão desconhecedores de tudo isso vão trabalhar justamente no mercado, quando deixam de ser reguladores?
Como minhas aulas de economia me ensinaram que não existe o tal do regulador benevolente, vou aqui separando o dindim do sistema financeiro, porque precisamos nos prevenir para os momentos de dificuldades, não é mesmo?