A pergunta: “Os americanos podem viver sem cheiro de carro novo?” é o que os analistas do mercado de automóveis estão querendo saber nos EUA.
Conforme o New York Times, embora nos últimos anos pré-crise a oferta de crédito barato tenha feito a venda anual de veículos atingir 17 milhões de unidades por ano, o medo é que o pós-crise mude este comportamento.
Há, segundo o jornal, aqueles que acreditam que tudo voltará a ser como antes, e os que apostam numa mudança de percepção com relação à necessidade de adquirir um automóvel novo.
Com relação aos efeitos dessa mudança, temos certeza de que é algo difícil de prever. Principalmente, porque as forças são passionais para os dois lados, muito mais do que lógicas.
Uma das que puxa pela redução é a questão climática. Temos certeza de que, a menos que haja intervenção do governo no assunto, só irá parar de comprar automóveis por esta razão aqueles que acreditarem piamente que devem deixar o planeta mais limpo para o presente distante e o futuro longínquo. Do outro lado, encontram-se aqueles que sempre foram bombardeados desde o nascimento por imagens de glamour e poder associadas ao uso dos carros.
Resta tratar também de um grupo, este sim, crescente nos EUA (espero que no Brasil também), interessado em cuidar melhor do seu orçamento. Este se enquadra igualmente no segmento dos passionais, uma vez que a razão nessa área está sujeita a uma forte dose de emoção.
Sem previsões, esperemos os acontecimentos.