Curiosa essa matéria do WSJ sobre o patrimônio financeiro de bem Bernanke, o presidente do FED (o Banco Central americano). Os empregados têm que apresentar uma declaração de patrimônio e o capitão do FED perdeu uma boa grana com a crise.
Pelo que entendi da matéria, em vez de informar o montante exato do investimento, o funcionário público diz qual o intervalo de valor que possui em determinada aplicação. Bernanke, por exemplo, que no ano de 2007 possuía uma aplicação (annuity) em ações de primeira linha (large cap) entre US$ 500 mil e US$ 1 milhão, terminou o ano passado com esta mesma aplicação classificada no intervalo entre US$ 250 mil e US$ 500 mil.
Isso não quer dizer que a perda foi exatamente de 50%, porque se ele possuía US$ 550 mil e passou para US$ 450 mil, já representaria a mudança de intervalo.
É, sem dúvidas, um artifício curioso, este dos intervalos, para não expor completamente os agentes públicos no que se refere ao seu patrimônio pessoal.
Outra característica dessa matéria é o caráter de “fofoca”. É curioso como aspectos da vida pessoal das “celebridades” tem apelo jornalístico.
Mais um detalhe é que, nem mesmo o presidente do maior e mais poderoso banco central do mundo é capaz de administrar bem o dinheiro quando algum evento inesperado ocorre. Pode ser um bom consolo para quem perdeu um dinheirinho com a crise.