Quando tudo parecia estar resolvido no mundo dos leilões pela Internet, não é que o pessoal anda adotando um modelo que nós já conhecemos na TV?
Não sei se é de conhecimento geral, mas uma página de leilões tem, de modo geral, duas fontes de receita: a primeira é a cobrança para a divulgação do produto que, normalmente é um valor fixo dependendo de certas características do item a ser leiloado. A outra parcela depende do valor pelo qual o item for vendido, cobrado como um percentual da venda.
Pois bem, os criativos aqui no Brasil já inventaram um leilão no qual o participante interessado em adquirir o produto (aquele que faz os lances) pelo menor valor único paga por cada lance realizado.
O atrativo do leilão é que se pode adquirir itens novos por valores irrisórios comparados ao preço de mercado.
Vem a pergunta: de onde o site ganha dinheiro? A resposta: dos pagamentos pelos lances. Se forem muitos, além de elevarem o valor final da venda (aplicado aos leilões lá fora e menos importante para o lucro), geram um acumulado superior ao preço do produto no varejo, o que é um ótimo negócio.
Isso me lembra, também, de comentar o negócio das empresas de TV que utilizam sistemas de votação por telefone para eliminação de candidatos em “reality show”. Sim, há também aquelas que faturam algum com as ligações para doação (o cara doa e paga a ligação telefônica).
A operação é um jogo disfarçado de leilão, porque no leilão, só quem paga alguma coisa é o ganhador. Nesse caso, ganhando ou perdendo, o participante paga.
Quem quiser saber mais sobre o assunto, vale uma lida nessa matéria do New York Times.