Para quem não sabia, este mês é dedicado à “alfabetização” financeira nos Estados Unidos.
Tive acesso ontem a um discurso proferido por uma das componentes da diretoria (board) do Federal Reserve (FED – o banco central deles), Elizabeth A. Duke, que tem suas origens no sistema de bancos de comunidade.
Os bancos de comunidade são, lá nos EUA, como nossas cooperativas aqui no brasil, em termos de quantidade e de escopo de operações, todavia, tais bancos têm atuação mais delimitada geograficamente, enquanto as nossas cooperativas ainda guardam as relações de associação profissional de um passado não muito distante, vez que as mudanças implementadas há alguns anos ainda são muito recentes para uma mudança radical nesse perfil.
Voltando ao assunto, a Sra. Duke proferiu o discurso de abertura das atividades oficiais do mês da alfabetização financeira. Esta atividade vem tendo uma atenção oficial cada vez maior em função da atuação governamental do governo Bush, que atribuiu parcialmente a crise à falta de conhecimento financeiro da população.
Elizabeth foi, como ela mesma afirma, “pessoalmente para a sala de aula”, educar crianças e adolescentes a respeito de economia e de uso responsável do dinheiro.
Eu gosto muito do termo alfabetização financeira, porque realmente denota o que é necessário ser feito. As pessoas, em geral, precisam aprender a “ler” financeiramente as suas vidas. As atitudes cotidianas, principalmente as transações comerciais “implícitas”, isto é, aquelas que nos aparecem como “deveres sociais”, carecem de maior reflexão da nossa parte. Por que você tem que fazer algo que “todo mundo” está fazendo, sendo que isso significa gastar dinheiro?
As respostas passam pelo lado sociológico e psicológico, muito mais do que pela fria análise de custo benefício, com certeza, mas, mais do que isso, visita o consumismo.
Muito se fala em aquecimento global, em preservação do meio ambiente, mas o que é o consumismo senão a própria destruição dos recursos naturais? A troca do tênis seminovo pelo novo, só porque saiu um modelo mais interessante quer dizer o quê? Quer dizer que: não estamos nem aí para as nossas finanças e muito menos aí para o meio ambiente.
Segundo Elizabeth Duke, o Federal Reserve está preocupado não apenas com a educação financeira, por meio da divulgação de diversos programas educacionais, como também na avaliação desses programas, mas envolve-se, segundo ela, ao requerer às instituições financeiras que regula maior transparência com relação aos produtos financeiros que oferecem ao público.
Dito isso, vamos nós por aqui procurando fazer parte dessa luta na divulgação da importância de uma sociedade mais educada, e alfabetizada, não apenas sobre as questões financeiras.
Olá Beto,
Penso que nos três anos do ensino médio deveria existir uma disciplina intitulada alfabetização financeira. Os adolescentes sairiam mais preparados para a vida.
Abraço
Jônatas R. Silva
http://www.efetividade.blog.br
Olá, Jônatas,
Concordo com você. Já está em tramitação um projeto para que a disciplina seja inserida no contexto das demais.
Abraço do Beto
Prezado doutor e demais internautas, boa tarde!
O gentil cavalheiro acima, Jônatas, concorda com esta sugestão de uma “educação financeira”, todavia, há que se ponderar que antes de mais nada, há um erro é de essência, ou seja, a tal “educação financeira” seria mais eficaz, caso nossa santa terrinha tupiniquim tivesse impostos, taxas de juros, (bem como, demais formas de punga e expropriação impostas ao povo) decentes e sobretudo, moralmente e juridicamente justos, pois, por mais que sejam supostamente permitidos (porque podem alegar estar dentro da legalidade, mas para mim são juros e impostos usurários, portanto, criminosos), apenas a nefasta classe banqueira lucra com a miséria e empobrecimento de toda a nação, isso, sem mencionar outras (infinitas) mazelas criadas pelo poder econômico, pois como bem dizia Mayer Rothschild: – “Permita-me emitir e controlar o dinheiro de uma nação e não me importo com quem faz suas leis”, dando uma claríssima explicação do que realmente o dinheiro consegue.
O mais triste de tudo é a falta de patriotismo, a falta de respeito, a falta de senso de coletividade e de justiça, pois, ao permitir que as leis (ou pior ainda, ao fazer tais leis) nosso legisladores são a mais viva personificação dos vícios acima! Quanta ganância, quanta falta de sensibilidade. Um dia entenderão que dinheiro não se come…
Apenas para sair desta divagação, o fato é que de nada adianta uma “educação financeira”, quando se tem tais juros escorchantes, que por sinal, são os maiores do mundo (quiçá nem aqueles países miseráveis da África tenham patamares semelhantes…), nos quais, por menos que seja o “deslize” (entenda-se, uma demora ou impossibilidade temporária de quitação), torna-se, por força destes valores absurdos, uma penalização semelhante a uma crucificação! Enquanto nossa taxa SELIC for de 14,25% (salvo engano, na Alemanha deve ser algo em torno de 0,05%, ou seja, 285 vezes menor!!!), os nossos juros bancários forem da ordem média de 450% ao ano (salvo engano, na Alemanha deve ser algo em torno de 5% a 7% – me corrijam se eu estiver equivocado), teremos, como frutos resultantes disto, uma total injustiça social, criminalidade elevada, corrupção e falta de instrução (eis que nossos governantes apropriam-se de tudo e depois gastam as parcas economias pagando os juros não havendo fundos suficientes par a destianção da educação, que por sinal, é ótimo para estes déspotas, pois quanto mais inculto for o povo, melhor!!!), além de outras inúmeras mazelas sociais e morais!
Para finalizar, aproximando-me de Thomas Morus, talvez uma “educação financeira” não seja necessária uma vez que pouquíssimos cidadãos (no caso do Brasil, hoje em 09/09/2015 temos quase metade da população economicamente ativa com restrição financeira) estariam em má situação, excetuando-se os perdulários habituais!