Voltamos a conversar sobre regras básicas para investir, com base em perguntas que chegam ao blog.
Lembro que um bom começo para quem está interessado em tomar uma decisão de investimento está associada a uma questão de subjetividade, como tratei na postagem Investir. Por lá, eu lembro que é necessário saber qual é seu objetivo, qual prazo pretendido para atingir este objetivo e quais características pessoais de tolerância ao risco são próprias a você.
E aí eu coloco a perguntas do Valdo:
Beto tenho 20 mil reais para aplicar e deposito 1 mil todo mês e quero aplicar a longo prazo pelo menos 30 anos. Estou querendo aplicar na previdência pela Caixa e quero saber qual me dará mais lucro aplicar 100% renda fixa ou aplicar na renda variável 70% renda fixa e 30% variável
Neste caso, o Valdo não apresenta o seu lado subjetivo, isto é: qual o perfil de risco.
Como comento na postagem Onde investir 1000 reais, a primeira coisa a considerar em diferentes opções de investimento é a questão dos pilares de Retorno, da Segurança e da Liquidez. Todos eles associados à ideia de risco. No primeiro verificamos o risco de mercado, no segundo o de crédito e no terceiro o homônimo, de liquidez.
Um outro aspecto indispensável é verificar se os custos das operações, de modo que se possa garantir o primeiro primeiro dos pilares. Além de ter uma boa noção do retorno, é preciso avaliar se não vai ficar todo ele na mão do prestador de serviços financeiros.
Assim, sobraram dois pontos para destacar na pergunta: qual o perfil de risco e qual o custo incorrido na aplicação imaginada pelo Valdo.
Na questão do perfil de risco, de nada irá adiantar falar em maior retorno se o investidor ficar tentado a sacar o dinheiro na primeira baixa das ações (o que são ações). Faço uma ressalva aqui de que não necessariamente as ações garantem maior retorno (Ações como investir).
A opção pela previdência privada, por outro lado, deve ser comparada com as outras formas que apresentam o mesmo índice, ou mesmo elemento gerador de retorno, e os custos cobrados. Sobre o assunto custos eu falei na postagem Previdência privada: invista para não perder.
O que eu quis dizer sobre o mesmo elemento gerador de retorno foi que se você utilizar um plano de previdência 100% renda fixa, deve comparar com outros investimentos semelhantes, como uma LFT no Tesouro Direto, ou o CDB-DI (o que é CDB), ou até mesmo um fundo DI (O que é DI).
Da mesma maneira, precisa avaliar se o custo de aplicar em fundo de ações 30% do seu capital não sai mais barato do que o investimento no plano de previdência.
Finalmente, se você usa a declaração completa do imposto de renda, vale considerar com mais atenção a previdência privada.
Olá Beto, tudo bem?
Mais uma vez agradeço por nos presentear com uma ótima postagem.
O assunto de como investir possui realmente múltiplas facetas.
Um aspecto que me parece pouco citado é o esforço necessário para que o investimento aconteça de forma consciente.
Por exemplo:
– Poupança requer esforço mínimo.
– CDB requer um pouco mais de atenção.
– Tesouro Direto exige mais dedicação ainda.
– Mais ônus ainda com debêntures e FII’s.
– A escolha de um fundo de ações de gestão ativa demanda pesquisa considerável — é até recomendável ficar a atento a mudanças na gestão dos fundos.
– Comprar ações diretamente é ainda mais trabalhoso.
Então o perfil do investidor exige que se defina uma expectativa de tempo/esforço a ser dispendido com investimentos.
Abraços
Olá, Éverton,
Muito obrigado pelo comentário, em meu nome e em nome dos leitores.
Abraço do Beto
Ola Beto, espero que vc pode me ajudar tenho 6000 mil reais, qual e a melhor aplicaçao pra fazer, Grato Neto