O que é Tesouro Direto? Esta é a pergunta que muita gente tem feito depois de ouvir matérias na rádio ou na televisão. Procuro ser o mais preciso nas definições e vejo que muitos se equivocam quando tratam do tema. Na realidade, não é sempre um equívoco, mas uma forma de simplificar o papo. O Tesouro Direto é um sistema de negociação. Complicou? É um programa de computador que você tem acesso pela Internet para comprar ou vender títulos públicos.
É claro que, mais do que o programa em si, há uma série de alterações que foram implantadas nas negociações com títulos públicos para atender às necessidades do pequeno investidor.
O que é Tesouro Direto – É só isso?
Assim, você não investe no Tesouro Direto, mas você usa o Tesouro Direto para investir. Na realidade, para comprar títulos públicos. Os títulos que estão disponíveis para venda.
Comprar um desses títulos é o mesmo que fazer um empréstimo para o governo. Como há diferentes formas de remuneração, cada título tem suas próprias características e denominações, o que pode confundir o investidor.
Os títulos indexados à Selic (LFT, batizada de “Tesouro Selic“) são os que apresentam o menor risco, por outro lado não dão a possibilidade de ganho excepcional. Apesar disso, enquanto a taxa básica de juros estiver acima de 9%, pode ir feliz que você ganha mais do que a Poupança, desde que escolha uma corretora que cobre uma taxa baixa.
Se o seu objetivo é proteger o dinheiro contra a variação dos preços (o que é inflação), os papéis indicados são a NTN-B batizada de “Tesouro IPCA“, de preferência a principal, porque a que tem cupons semestrais só é adequada para quem quer receber uma renda periódica. Caso contrário, além de pagar o imposto de renda antecipadamente, terá dificuldades para reaplicar os juros se o investimento for pouco, porque o valor semestral é de aproximadamente R$ 50,00 para cada R$ 2.000,00 investidos.
A LTN (Tesouro Prefixado) só indico caso seja possível verificar uma anormalidade do mercado, isto é, se a taxa fixa que ela estiver pagando for bem superior à Selic e você tenha plena certeza de que a Selic irá cair. Se a previsão sua for de subida de taxa de juros (se a inflação estiver subindo, por exemplo), este papel deve ser evitado.
Mas este programa, sozinho, não faz nada. Antes de qualquer coisa, você precisa ter acesso a ele por meio de um banco credenciado ou uma corretora. Para saber o que é uma corretora, leia esta postagem: O que é uma corretora de valores. Também fiz uma postagem com orientação sobre a forma de escolher a corretora (Tesouro Direto e Corretoras). Sugiro também esta sobre as corretoras que não cobram corretagem: Tesouro Direto e o almoço grátis.
Depois disso, entram alguns detalhes operacionais, dentre eles o fato de que você poderá o título em pedaços. O valor do título pode ser maior do que o dinheiro de que você dispõe para investir, mas, no Tesouro Direto eles são vendidos aos pedaços. O governo reduziu o tamanho do pedaço mínimo para 1% do título. Para entender um pouco mais sobre isso, leia esta postagem: Tesouro Direto e War: conquiste o mundo.
O que é Tesouro Direto – Riscos
Além dos riscos tradicionais, é importante frisar que os títulos públicos não estão livres de riscos. Veja esta postagem para uma discussão.
Além disso, é bom lembrar que o Tesouro Direto não é a solução para todos os problemas. Escrevi esta postagem sobre outras formas de investimento que podem ser mais eficientes do que a aquisição de títulos públicos: CDB, Tesouro Direto e Poupança
Para investir utilizando o Tesouro Direto é preciso um pouco de dedicação, de modo a tirar o maior proveito da ferramenta. Para isso, além do meu livro que trata do assunto e que você pode comprar aqui, aconselho uma visita ao site do Tesouro Nacional, que fica no seguinte endereço: Tesouro Nacional
O que é tesouro Direto – agora foi
Ainda com dúvidas? Faça o seu comentário.
Espero que agora você esteja mais por dentro sobre o que é Tesouro Direto.
Olá Beto!
Bacana você levantar esse tópico sobre o Tesouro Direto. Geralmente é um tipo de investimento que gera um pouco de confusão, não só para leigos, mas até para pessoas um pouco de mais bancarizadas.
Se me permite, tenho dua sugestões para o texto ficar mais esclarecedor:
– Cada tipo de título tem um tipo de vencimento, tendo titulos disponíveis para venda com vencimento em alguns meses, e outros com prazos bem longos, chegando até 2045! Assim, uma informação referene a isso seria interessante. Deixando claro que apesar da venda antecipada dos titulos ser possivel, isso acarreta a perda dos acordos de rentabilidade previamente estabelecidos, sendo vendidos no mercado a preço vigente no momento.
– Com essa informação do vencimento em mãos, o planejamento do da escolha do título se torna fundamental. O título vai ser usado para ser sacado daqui alguns meses, ou para a compra de uma casa daqui alguns anos? Com esses dados, assim como os de rentabilidade, a escolha do melhor título que cubra as necesssidades de cada perfil de investimento ficara mais segura.
No mais Beto, vim a esse artigo por indicação de uma colega, e achei muito interessante. Seu artigo está muito esclarecedor e bem leve!
Show de bola! =)
Abraço!
Olá Beto.
Parabéns pelo trabalho no blog.
Entender os títulos públicos não me parece trivial. Vejamos agora mesmo, temos a LFT 070315 de vencimento para 07/03/2015 a R$ 5.051,40 para compra e R$ 5.045,09 na venda. Ou seja o título vence, acaba em 07/03/2015 e dinheiro todo e corrigido e depositado na minha conta . Parece bobo mas os rendimentos somente são depositados na data final? ou há correções diárias em acordo com a variação da SELIC, tipo juros sobre juros?
Se eu desejar vende-los antes do vencimento quem os comprara? e a que preço?
Obrigado.
Boa Tarde Beto,
Parabéns pelo ótimo artigo, e como estou saindo da etapa de reserva para emergências para investimentos me deparo com uma duvida:
– Enquanto estava fazendo a minha reserva financeira fazia aportes entre 20% – 10% de minha renda por mês na poupança, mas como é o funcionamento do tesouro para investidores que desejam realizar aportes mensais?
Grato.
Olá Beto,
Anotei alguns ítens que acho que seriam relevantes para tornar o texto menos técnico e mais popular, apesar de que, prá nós que somos da área algumas coisas são óbvias.
O grande desafio que enfrento aqui na área é “traduzir” algumas expressões ou termos técnicos para a linguagem do consumidor bancário.
Sugestões:
1. Dizer quais títulos tem rentabildidade prefixada ou pós-fixada e qual cenário favorável ( você falou no texto, ficou bom). Seria interessante uma tabela, mostrando as diferenças?
Olá, Edméa,
Muito obrigado pelo seu comentário.
Vou procurar fazer esta tabela (talvez uma lista).
Abraço do Beto
Olá, Jonatan,
Muito obrigado pelo comentário!
No Tesouro Direto você compra percentuais fixos de um título (atualmente 20%, 40%, 60%, …240%….). Os “aportes mensais” poderiam ser traduzidos em compras mensais. Assim, você vai comprar percentuais (conforme os descrito acima) do título. Podemos deduzir daí que não se pode aplicar qualquer valor, mas á compra (em vez de “aporte”) dependerá do valor do título que você quer adquirir.
É muito semelhante ao mercado de ações, sendo que lá você não pode comprar frações das ações, mas inteiros.
É certo que em outros investimentos não há esta limitação, e quem define (grande parte das vezes) o valor exato a aplicar será você.
Se ainda restou dúvida, me avise. A postagem mencionada acima sobrre o War explica um pouco mais.
Abraço do Beto
Olá, Diogo,
Muito obrigado pelo comentário e sugestões realmente relevantes.
A consideração do prazo na escolha do título é fundamental.
Abraço do Beto
Olá, JO
Muito obrigado pelos parabéns!
Eu agradeço a sua pergunta, pois ajuda muito na compreensão.
Os rendimentos serão creditados na sua conta no vencimento. Se você entrar no outro dia, verá que o preço do título vai subindo (no caso da LFT, porque os outros pode haver variação negativa). No dia do vencimento, será creditado o valor do título líquido, isto é, será descontada a alíkquota do IR aplicada sobre a diferença entre o preço pelo qual você comprou e o preço na data do resgate.
Se você desejar vender antes do vencimento, o comprador é o Tesouro Nacional. Ele só faz compras às quartas, à exceção da semana em que houver Copom (como foi o caso desta sua mensagem). Nessas semanas ele estará aberto para compras nas quintas.
Nos dias de recompra (ou seja, em que você faz a venda) aparecerá tanto o valor para compra quanto para venda. Nos outros dias, você somente enxergará valor para compra.
O termo “compra” refere-se àquele no qual você irá investir e o “venda” aquele no qual você irá resgatar.
Abraço do Beto
Amei teu blog, Parabéns. Está me ajudando muito!!!
Caro Beto, ótimo post. Gostaria de conhecer o livro para melhores decisões no TD. Sucesso!
Olá, Afranio,
Muito obrigado pelo comentário.
Em breve sortearei um livro do Tesouro Direto também, e você já está participando.
Abraço do Beto
Muito bom o artigo Beto, mas tenho uma dúvida antiga que nunca vi ser respondida em nenhum site: Em cenários de deflação os indexados ao IGPM e IPCA tem rentabilidade negativa? (não sei se foi em relação a isso quando vc fala que só a LFT não pode ter rentabilidade negativa no comentário para o Jô)
Ótimo texto, dá um norte para quem nunca ouviu falar em Tesouro Direto. Meu marido e eu compramos alguns títulos públicos em 2009, porém após uma decisão terrivelmente errada (de iniciar a construção de uma casa própria em uma cidade para a qual acabávamos de mudar e sem conhecer nada nem ninguém) tivemos que resgatar o dinheiro muito antes do tempo. Mas é algo que após alguns ajustes financeiros – pagar dívidas remanescentes da construção – voltaremos a fazer. É um bom início para quem como eu não tem ainda muita experiência em investimentos e tem um perfil mais conservador. Gostei muito do seu site e continuarei a acessá-lo.
Olá,Glória,
Muito obrigado pelo comentário.
Sua pergunta é bem interessante, mas ela contém duas partes.
A primeira delas é: se houver deflação o rendimento é negativo. Bom, no mês que houver deflação o rendimento pode ser negativo se a deflação for inferior à parte fixa da taxa de juros. Complicou, não é? Então vamos mais uma vez. A remuneração de papéis com inflação mais juros tê dois pedaços: juros mais inflação…rs
O dinheiro é corrigido por duas taxas que se aplicam uma sobre a outra. Vamos imaginar uma parcela de juros mensal de 0,4% e uma deflação de 0,2%. Nesse caso, o dinheiro crescerá, porque a parte dos juros foi superior à da inflação. Ficou claro? No longo prazo, para que haja um efeito sensível, você teria que ter uma deflação anual.
Mas uma coisa que precisa ficar clara é: quando você compra um papel desses, quer proteção contra a inflação. Você tem o bônus, mas leva o ônus também.
A segunda parte da sua pergunta, espero que você consiga encontrar a resposta aqui https://www.betoveiga.com/log/index.php/2010/07/tesouro-direto-resgate-apos-os-lucros/ Se não conseguir, avise que eu arrumo o texto.
Abraço do Beto
Olá, Renata,
Muito obrigado!
Espero seu retorno. Aliás, se quiser assinar as postagens para recebê-las por e-mail quando forem publicadas, é grátis e eu agradeço.
Basta clicar aqui!
Abraço do Beto
Muito bom o artigo!
Sou estudante, nova, e desde cedo penso em investir o minhas reservas no Tesouro Direto a fim de realizar meus planos de longo prazo. Este artigo me esclareceu muitas dúvidas em relação ao assunto!
Obrigada!
Abraços.
Nunca apliquei em TD, talvez por puro preconceito qto a facil capacidade de endividamento do nosso governo e tb quanto a incerteza de um calote futuro!
Beto, sempre recebo as newsletter de seu blog e têm sido muito úteis pra mim.
Gostaria de concorrer ao livro mas não achei nenhum bandeira que3 leve a isto.
Será que só com este comentário estarei concorrendo. Obrigado, JJDESA/J7
Parabéns, pela excelente matéria.
Muito bem explicada!
Participando…
Beto Veiga,
considero muito as informações que o senhor tem publicado. A partir delas, estou tomando coragem de começar a investir em Tesouro Direto. Estou apenas tomando mais conhecimento sobre assunto para investir de maneira correta.
Obrigado,
JV.
Ótimo post, Beto!
Há um tempo atrás, pesquisei um pouco sobre o Tesouro Direto no site próprio do sistema, mas fique com várias dúvidas. Aqui está tudo muito bem explicadinho.
Eu quero.
Olá, Rodrigo,
Vamos ver se você leva o sorteio.
Abraço do Beto
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Olá, Meri,
Muito obrigado!
Abraço do Beto
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Olá, João Victor,
Obrigado pelo comentário.
Abraço do Beto
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Acompanho seu blog desde sempre, muito grato a vc tb!
Também quero!
Abraço!
Olá, Colpani e Cezar,
Obrigado e já estão participando.
Abraço do Beto
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Olá, João José,
Muito obrigado pela assinatura e pelo comentário!
Você já está participando. Boa sorte!
Abraço do Beto
Quero ganhar o livro Tranquilidade Financeira!!
Olá, Carla Maria,
Muito obrigado pela sua participação.
Avalie bem o investimento, leia bastante e tome a sua decisão corretamente.
Abraço do Beto
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Olá, Bizz,
Eu concordo com a facilidade de endividamento. Também acredito salutar a preocupação com a possibilidade de calote futuro.
O que precisa ser feito, nesse caso, é analisar onde que a nossa reserva estaria distante deste calote.
Se você optar por ativos reais, distancia do calote, mas não da ação do Estado.
Acho que diversificar sempre é uma boa estratégia.
Abraço do Beto
Olá, Tuca,
Muito obrigado!
Abraço do Beto
Caro Beto,
Tenho 26 anos e acabei de casar. Atualmente, invisto apenas em Td – LTN15, ntnbprinc24 e ntnbpribc35…
Diante disso, vem meu questionamento: seria a hora de eu começar a investir tb em ações? Se sim, etf’s ou estudar e criar uma carteira própria?
Depositar todos os ovos no cesto do governo é mais arriscado do que começar uma previdencia privada ou investir em ações? Tenho tempo para realizar meus objetivos financeiros – não penso em usar esse investimento bos próximos 10 anos..
Acho que preciso do seu livro, hein..
Muito bom divulgar infomrações sobre o Tesouro Direto. Se muitas pessoas passarem a connhecê-lo e decidirem comprar os títulos diretamente vai diminuir a demanda por fundos de investimentos. Essa concorrência deve levar ao bancos a melhorarem o serviço e baixarem as taxas de administração, que ainda sõa muito altas.
Gostei muito desse artigo, ficou bem didático.
Eu aplico no TD há algum tempo e para mim é o melhor investimento em renda fixa atual.
Abraços e sucesso!
Olá, Fábio,
Obrigado pela participação.
Abraço do Beto
Olá, Luiz Antonio,
obrigado pela participação.
Abraço do Beto
Olá, Manoel,
Obrigado pelo comentário e parabéns pela disciplina.
Concordo que você não pode concentrar suas operações em títulos públicos.
Comprar ETF pode ser uma boa opção de diversificação.
Criar a carteira própria acho uma estratégia mais arriscada.
A previdência privada só vale se você usar a declaração completa. Além disso, por mais agressivo que seja o plano você ainda estará adquirindo mais títulos públicos. O que você pode fazer é começar com um pouco de ETF e avaliar a aquisição de algum imóvel para renda.
Abraço do Beto
Olá, Ricardo,
Obrigado pela participação.
Eu estou divulgando o Tesouro Direto justamente para isso: aumentar a concorrência e fazer as taxas de administração caírem, assim como os juros pagos nos CDB subirem, pois trazem mais risco do que os papéis do governo, seja o banco que for.
Abraço do Beto
Olá, Rosana,
Muito obrigado pelo comentário.
Sucesso para você também!
Abraço do Beto
estou aprendendo sobre tesouro direto, gostaria de ler o livro
Parabéns por mais este post preciso e eficaz, Beto!
Com certeza, o mercado de títulos públicos (e os títulos em si) mudaram muito nos últimos anos. É muito importante conhecermos os novos produtos e novos canais de negociação, para sabermos como nos defender da perda do poder de compra.
Obrigado e abraço!
Luís
Quero participar desse sorteio!
Bom dia Beto,
Muito bom o post. Sobre investimentos de longo prazo, qual o seu comentário sobre debêntures de empresas solidas com vida útil de 7~10 anos, com taxas de 7% comparadas às LTN?
Obrigado,
Rodrigo.
Sempre tive interesse em investir no Tesouro Direto, porém sempre achei meio complicado e muitas vezes acabei fazendo investimentos de outros tipos.
Obrigado pelas dicas.
Olá Xará, comprei o seu e-book do TD + CDB há alguns meses e você está de parabéns, material objetivo e esclarecedor. Não poderia também perder a oportunidade de participar deste sorteio. Como não é possível explicar o TD neste post, faço um resumo: TD é uma forma digna,de baixo custo e muito eficiente para aplicação sem intermediários.
Olá, Luís,
Muito obrigado pelo comentário.
Acho que além de aprender a defender da perda do poder de compra, precisamos aprender a nos defender da perda do poder sobre nosso dinheiro.
Abraço do Beto
Olá, Roberto,
Obrigado por participar.
Abraço do Beto