Queridos amigos, esta postagem de hoje destina-se a avisá-los, principalmente àqueles que estão pensando com seus botões sobre os investimentos.
Uma matéria do Valor foi emblemática para demonstrar o atual sentimento dos bancos com relação ao mercado financeiro e às aplicações no Brasil.
Aquele jornal, em uma curta matéria, mostrou a elevação do volume de operações compromissadas (O que é operação compromissada). Nessas operações, cuja explicação está no endereço que coloquei, o banco acerta a taxa de juros com o Banco Central, diferentemente daquela do título. Assim, pode ser utilizado um papel que tenha como características a prefixação (uma taxa de juros fixa) e, no acordo com o BC o banco peça a Selic. Diria que é isso o que realmente acontece.
A matéria informava que houve um aumento tal nessas operações que estão representando mais de 40% da dívida mobiliária (em títulos) do Tesouro.
Muito bem, o que interessa para você é: os bancos estão indo para o curto prazo. Eles não estão aceitando as taxas oferecidas para “travarem” os juros de forma fixa, pedem mais, o Tesouro acha que é muito o que estão pedindo. Resultado, os bancos não aplicam seu dinheiro.
Para evitar que esse dinheiro fique sem aplicação (a necessidade disso é mais complexa para esta postagem), o Banco Central oferece operações compromissadas para retirar o dinheiro de circulação, acenado com a taxa Selic, que corrige diariamente.
Em suma, a situação não estão para tubarão, quanto mais para sardinha. É bom evitar aplicações no curto prazo (aquelas que você precisa sacar em menos de um ano) com taxas fixas nesse momento de incertezas. Se você gosta de viver perigosamente, aí é outra coisa.