O deficit comercial é a diferença entre o valor das exportações e das importações quando estas últimas são maiores do que as primeiras.
Dito isso, sim, compramos mais do exterior do que vendemos, o que não seria nada demais, se a nossa capacidade de gerar moeda estrangeira estivesse muito ativa em outros segmentos. Em tempo, isso não acontece desde 2000.
Todavia, a alta do dólar parece que vai ajudar um pouco, somada à redução do crescimento (resultado de menores investimentos e, consequentemente, menos importações), tenderão a segurar as compras do exterior.
Além disso, os exportadores, com a possibilidade de ganharem um pouco mais em real, enquanto os compradores estrangeiros não pedirem uma redução do valor de suas mercadorias em dólares (eles também entende do mercado cambial), poderão faturar um pouquinho mais, desviando um tiquinho da produção brasileira que era vendida aqui, lá para fora. Sim, o preço vai subir por aqui (você ainda não viu?), mas estamos falando de exportações.
A verdade é que, o bom seria que se chegasse novamente a outro ponto de estabilidade, seja com esta ou com outra cotação da moeda, para que pudéssemos planejar nossa vida a partir dai. Como diz o ditado: o que mata é a dúvida.