O jornal Valor Econômico, em sua edição de 06/02/2007, traz uma interessante matéria, assinada pela jornalista Mara Luquet, sobre previdência. Com base nessa matéria iniciaremos nossa discussão sobre a melhor forma de poupar para o futuro.
O primeiro trecho da matéria destina-se a citar um estudo mundial da consultoria Mckinsey. Uma das principais constatações desse estudo é que o investidor é muito otimista. Isso é depreendido da verificação de que ele traça um horizonte muito curto para usufruir da poupança que formou. Segundo o estudo, as pessoas pensam em um período de manutenção de cinco anos, quando deveria ser, no mínimo, de vinte.
Para avaliarmos como é importante prever um horizonte maior, precisamos, inicialmente, entender que a finalidade de formar poupança para a aposentadoria funciona assim: hoje você trabalha e recebe seu salário. Não sei quando você irá se aposentar mas, nesse dia, sua renda derivada do trabalho cairá abruptamente e você precisará se manter com os recursos que juntou (poupou). Esta reserva (poupança) funciona, metaforicamente, como uma bateria que é carregada enquanto a energia está disponível. No momento em que esta última falta, a bateria entra alimentando o circuito.
Não precisamos dizer que, quanto maior a carga acumulada pela bateria, maior o número de aparelhos elétricos que ela poderá manter em funcionamento ou, caso se prefira restringir o número desses, maior tempo ela manterá os que restaram.
Como o lado da receita está explicado, o problema agora passa a ser o da despesa. A tentação que sofremos é a de imaginar que nossos gastos no período em que “pendurarmos as chuteiras” será menor do que hoje. Nossa ilusão desaparecerá rapidamente se dermos uma olhada nos custo de plano de saúde (ou de seguro) cobrados de uma pessoa, por exemplo, com mais de sessenta anos. Os medicamentos, que você pode hoje nem levar em conta quando elabora seu orçamento, provavelmente terão uma participação importante na sua despesa futura.
A matéria lembra também aquela esperança antiga de que os filhos poderão dar apoio financeiro na velhice dos pais. Devemos prestar atenção ao fato de que o aumento da expectativa de vida fará com que o seu filho e você estejam aposentados.No próximo falaremos sobre os aspectos dos “GBL’s” que você deve observar e se estes produtos são realmente opções interessantes.
2007-03-09