Ouvindo o rádio hoje, num comentário da Mara Luquet, colunista do Jornal Valor, soube que está havendo uma verdadeira enrolação das pessoas que pretendem aplicar no Tesouro Direto e recorrem a bancos inescrupulosos (note que não estou me referindo ao tamanho, mas ao caráter dos administradores desses bancos).
O primeiro ponto é o seguinte: não oferecem o produto Tesouro Direto ou não dão acesso a ele quando o cliente procura, cumprindo ao gerente indicar uma “opção mais adequada ao seu perfil”. Para isso, comento o seguinte: Se o gerente indicar o que é bom para você, o banco dele dará menos lucro do que os demais (não sei se você viu o desenho animado “Os Incríveis”). Além disso, você perguntaria ao vendedor da concessionária se é melhor comprar o carro da concorrente? Por mais honesto que ele seja, fica difícil garantir maior resultado para o cliente em troca do emprego dele.
O segundo ponto é a cobrança de taxas absurdas e totalmente não aplicáveis para o caso desse investimento. A solução para isso é procurar realizá-lo sozinho, por meio de alguma corretora na Internet (gerente “free”) ou de um banco público (Caixa ou Banco do Brasil), ameaçando o gerente de entregá-lo para a central de atendimento se ele quiser cobrar mais do que 0,5% além do que a taxa da CBLC, de 0,4% ao ano.
O Tesouro Direto é, de fato, uma forma de investimento que atende a muito poucos, pois, exige uma certa “vontade” de aplicar. Se você não fizer o dever de casa, ficará difícil não ver o seu patrimônio crescendo menos (ou mesmo diminuindo em termos reais, ou seja, descontada a inflação) se entregar o dinheiro ao banco para administrar.
http://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro_direto