Parece que a imprensa norte-americana não está botando muita fé nas medidas que serão anunciadas hoje para “aumentar” o aperto ao setor financeiro daquele país.
Segundo o The New York Times, “embora a proposta irá impor a primeira regulação sobre os hedge funds e fundos de participação em empresas (private equity), (…) aparentemente o máximo que o governo poderá fazer é coletar informações (com exceção dos momentos de crise).”
Conforme o jornal, todos os “‘pesos e contrapesos’ refletem a forma de pensar do seu arquiteto, o Secretário do Tesouro Henry Paulson Jr., que veio de uma longa carreira em Wall Street (ex-presidente do Goldman Sachs)”. Parece que ele chegou a declarar que o esforço de apertar a regulação pode dificultar a capacidade dos mercados americanos de competir com os rivais estrangeiros.
O problema, como bem ressalta a matéria, é esta dualidade de tratamento com a regulação. Os republicanos, de formação liberal, tremem ao pensar que o FED possa ter mais poderes do que já tem. Para eles, as intervenções no mercado devem ser feitas pelo próprio mercado. Se for assim, como apertar as regras?
Pelo que relata a matéria, teremos nos EUA algo que a Austrália e a Inglaterra também têm que é uma agência de regulação prudencial. O que é isso? É uma agência que cuida do risco que as empresas financeiras (incluindo todas elas, inclusive as seguradoras) incorrem quando fazem suas operações, assim como avaliar se o capital da instituição está adequado a estes riscos.
Vamos ver onde isso vai dar.