Para quem não se lembra da célebre passagem do filme Uma Mente Brilhante (eu me lembro um pouco), que narra uma situação em que o estudante de Princeton, John Nash, teve a inspiração para a criação do “equilíbrio de Nash”.
Bebiam alguma coisa no bar os três amigos quando entram três garotas (antigo, não?). Uma gatíssima (e exibida, do tipo “tô me achando”) e outras duas normais. O brilhante Nash percebe, rapidamente, que se todos os três fossem dar em cima da mais chamativa, necessariamente, dois iriam “dançar” e que, ao voltarem para tentar conquistar as normais, estas iriam ficar chateadas e dispensa-los-iam (gostaram? Este blog também é erudição…).
A ideia, então, é escolher a melhor opção com base na atitude dos outros. Portanto, ele viu qual das duas lhe interessava e, simplesmente, desprezou a “exibida”.
“Macacos me moram, Beto, o que isso tem a ver com a Petrobrás?!”
Simples: de fato, isso tem a ver não só com a Petrobrás como com qualquer outro investimento no mercado financeiro, mas vamos ficar com a nossa querida rainha do petróleo. Vimos ontem o que acontece quando as pessoas começam a querer a top: o preço sobe 5% em um único dia!
Portanto, vai a dica que nos ensinou Nash: pense em encontrar para você o que está bom, principalmente, o que não esteja sendo objeto de desejo dos outros. Se você tivesse acreditado na Petrobrás quando “ninguém” queria nada com ela, isto é, quando o preço do papel chegou a R$ 23,90, estaria fazendo a festa.
Ponto importante: voltando à metáfora, é óbvio que se as outras duas garotas fossem esteticamente normais, mas comportamentalmente reprováveis (falsas, mentirosas, infiéis, etc.), certamente não interessariam para você. Ao contrário, verificada a boa índole da garota, não se importe muito se os outros não estão dando em cima dela.