Historinha dos dividendos – parte I

Vamos entender um pouquinho a questão dos dividendos? Surge uma pergunta constante com relação às empresas que pagam bons dividendos a seus acionistas, como forma de investimento para a aposentadoria. Eu quero, no entanto, pensar um pouco mais filosoficamente sobre o tema. Vamos lá.

Imagine-se administrando uma empresa que seja capaz de gerar muito lucro. Vamos começar por um exemplo banal para aguçar nosso raciocínio. Veja-se adquirindo um isopor de R$ 15 (capital fixo) e comprando duas caixas de refrigerante em lata, ao custo de R$ 2,50 cada unidade (total R$ 60). Imaginando que o seu trabalho seja gratuito (você estaria dormindo o dia inteiro, mas dormir para você é desagradável).

Com seu modelo de negócios pronto, vai até um frigorífico, compra uma barra de gelo por R$ 4 e fica ao lado de uma parada de ônibus, comercializando cada latinha por R$ 4,00.

Terminado o dia, consegue vender as 24 latinhas, apura R$ 96, com um lucro de R$ 32 (R$ 96 – R$ 60 – R$ 4). O capital inicial da empresa foi de R$ 79 (R$ 15 + R$ 60 + R$ 4).

Para o segundo dia, você já não precisa comprar o isopor, e consegue obter os mesmos R$ 32 de lucro. Vamos fazer as contas. Com R$ 79 você obtém R$ 32 de lucro ao dia! Uma rentabilidade sobre o patrimônio de 40,5% ao dia.

Mas, dado que, segundo dia você já não precisava do lucro para comprar mais cervejas, ele começa a acumular na mesinha da sua casa. Você deu nome à mesinha da “reserva de lucros acumulados”.

Qual a sua ideia com o dinheiro? Nesta postagem a gente discute mais.