Se o Bernanke estiver certo, a expectativa é de um crescimento medíocre no começo deste ano e um crescimento mais forte começando no final do ano, conforme suas palavras “quando os efeitos dos estímulos monetário e fiscal começarão a serem sentidos”.

Sobre a inflação, o presidente do Fed informou que acredita que será moderada. Isso foi traduzido pelos analistas como um sinal de que as taxas de juros cairão ainda mais.

O secretário do Tesouro americano, Henry Paulson, também mandou uma na esperança de que dias melhores virão, mas não agora. Ele afirmou que “apesar de estarmos num difícil período de transição, quando os mercados reavaliam e restabelecem os preços do risco”, ele acredita nos mercados americanos. Sua justificativa pe a de que os EUA já saíram de situações similares anteriormente e que tornarão a fazê0lo em breve.

Um sinal de que o “bicho tá pegando” é que o déficit comercial anual dos EUA caiu pela primeira vez desde 2001, com uma diferença entre o que eles compraram e o que venderam em US$ 711,6 bilhões. (uma queda de 6,2% com relação a 2006).

Isso ajuda a segurar um pouco a queda do dólar, mas demonstra que os outros países vão ter um pouco de dificuldade para exportar para lá.

Por outro lado, o Jornal Nacional de hoje mostrou uma reportagem sobre os leilões de venda das casas cujos compradores estavam em atraso com as prestações e perderam a propriedade das moradias para os bancos. Conforme a matéria, 98% das casas leiloadas estão sendo vendidas nos leilões.

É isso aí, os preços estavam altos e as pessoas compravam confiantes apenas nas prestações. Elas estão sendo vendidas hoje por menos de 50% dos valores originais, mas mesmo assim, indicam que há mercado. Era uma questão de preço e, portanto, os preços voltarão a ajustar-se para que tudo comece novamente a funcionar.