Recebo regularmente um interessante documento elaborado pela área econômica do Bradesco denominada Destaque Diário. No referente ao dia 20 de março último, o assunto era a queda dos preços das commodities.

O documento fala de uma queda forte ocorrida nos últimos dias do índice da Commodity Reseach Bureau (CRB – uma firma de pesquisa e coleta de dados sobre commodities e futuros – http://www.crbtrader.com).

Os analistas do banco supõem que a busca pelas commodities na forma de operações não comerciais, teria sido realizada em função da tentativa de proteger o dinheiro contra a inflação esperada nos EUA. Simples assim, se eu compro uma determinada quantidade de milho, por exemplo, se houver inflação e o preço dele subir, eu vendo pelo novo preço e mantenho meu capital protegido.

Obviamente que uma operação dessas não pode ser feita com o bem em si, porque você não teria onde estocá-lo, não é mesmo? Por esse motivo, são realizadas operações financeiras que garantem ao comprador de determinados contratos de milho, por exemplo, simular a propriedade da mercadoria.

A subida do preço das commodities, por outro lado, está se dando em função de que a queda de 0,75% das taxas de juros básicas em vez da redução de 1% esperada, teria mostrado aos investidores que o FED estava bonzinho com os bancos, mas nem tanto.

Para esses analistas que elaboraram o documento, o preço das commodities tende a ficar alto, a menos que a China sofra muito com a recessão americana.

Espero que eles estejam errados com relação à subida dos preços. Caso contrário, ficará difícil para o FED levar a frente esta política de redução das taxas de juros.