Farei agora um pequeno resumo do depoimento do Presidente do FED, Ben Bernanke, ao Congresso dos Estados Unidos.
A atividade econômica, segundo Bernanke, caiu substancialmente no último trimestre de 2008 e continua caindo no primeiro de 2009. Os itens que estão em declínio são: consumo, investimento e exportações americanas.
A inflação, que é o contraponto à forte atividade econômica, está próxima a zero, o que possibilita a manutenção das taxas de juros bem baixas naquele país.
Culpou a crise financeira, que teve como gatilho o estouro da bolha imobiliária, e fez um histórico das ações que foram tomadas pelo governo para reverter o quadro de crise.
NO que se refere a projeções para este ano, ele estima que o desmprego nos EUA irá crescer ainda mais, para terminar o ano na faixa de 8,25 a 8,75% (hoje está em 7,6%).
A idéia do Federal Open Market Committee (FOMC), o Copom deles, é de que a economia americana cresça de 2,5 a 3,25% em 2010, com um desemprego ainda alto, na faixa dos 8 a 8,25%, bem distantes da meta de longo prazo americana, que é de 4,5 a 5%.
Bernanke afirmou ainda que essas estimativas são muito incertas, principalmente porque os riscos de que as previsões sejam “otimistas” é maior do que a de que elas sejam pessimistas. Ele cita duas razões para isso: a primeira, a redução nas importações de produtos americanos a segunda é o “laço de retroalimentação adversa” (adverse feedback loop) ou, para os mais jovens: “caraca véi!”. Este último caso é o seguinte: quando a situação econômica e financeira está ruim, ela acaba por contribuir com a sua própria piora.
Para ele, é importante quebrar este círculo vicioso com a adoção das medidas que os governos estão implementando.
Apesar disso, os participantes do Comitê preveem que a volta à normalidade não se dará antes do final de 2011, ou seja: em dois anos.
Quem quiser ler o depoimento, clique aqui