As pessoas tendem a falar que a água só corre para o mar quando se trata de dinheiro. De uma certa maneira, elas têm razão, mas, como o mar se formou?
Esta breve postagem vai discutir uma questão de finanças pessoais tendo como mote a compra da T-Mobile, uma das 4 maiores operadoras de celular dos Estados Unidos. Aliás, após a fusão anunciada aquele país ficará pior do que o Brasil em termos de número de grandes operadoras, pois só restarão três: AT&T, Verizon, e Sprint-Nextel, esta última bem menor que as duas primeiras. É claro (sem trocadilhos) que a AT&T se tornará a maior delas com a operação de compra que custará 39 bilhões de dólares.
É certo que já está havendo muito protesto com a operação, dado que a T-Mobile era a que apresentava os menores custos para os consumidores. O que ficou acertado foi que os contratos anteriores seriam mantidos até a sua renovação.
Não vamos mais entrar nos detalhes desta indústria, que é realmente dinâmica e que ainda vai mudar bastante, mas vamos lembrar um último fato: a AT&T já foi condenada anteriormente a se desfazer de seus ativos e dividir a empresa no passado, como resultado de uma ação dos órgãos de defesa da concorrência nos EUA.
Voltando à vaca fria das finanças pessoais: por que a água só corre para o mar? A minha ingênua percepção é a de que: primeiramente, a sobra de água do “mar” foi formada, isto é, é resultado de uma “economia” de gastos. Em vez de “torrar” sua água com equipamentos eletrônicos que faziam seu dinheiro ir de R$ 100 a R$ 0 em poucos meses (vide um tal celular da foto que já está na quarta geração…), e de gastar tudo o que ganhava em outras futilidades, vivendo pendurado no crédito alheio, o “mar” aprendeu a viver com menos do que ganhava.
O resultado de viver com menos do que se ganha é o mais óbvio possível: sobra dinheiro todo mês! Ora, mas se sobra dinheiro todo mês, o “mar” pode investir em ativos que, como consequência, lhe garantirão ainda mais sobras, e por aí a conversa se desenrola.
Finalizando, quando sobra dinheiro, a menos que os reguladores da concorrência venham para barrar a festa (e aí o “mar” pode comprar outra empresa em ramo de atividade diverso), o “mar” só faz crescer.