Faz algum tempo venho querendo comentar esse assunto do crescimento da classe “C” no Brasil. É fácil fazer a classe “C” crescer com oferta de crédito. Sabe a razão? Simples: a classificação de classe econômica se dá pela verificação de quais utensílios o cidadão tem em casa e do seu nível de escolaridade. Dessa forma, se ele compra um DVD, uma TV em cores e uma máquina de lavar, tem grande chance de sair da classe “D” para a casse “C”.
Esses produtos garantem 4 pontos na pesquisa. Como a classe “D” é atribuída a quem faz de 6 a 10 pontos e, se o cara obtiver 11 já é considerado “C”, a “migração” é quase certa com a aquisição desses itens.
Aliás, sobre a pesquisa, só se pergunta o que o consumidor tem e qual sua escolaridade.
Acredito que seja uma pesquisa eficiente para um momento em que o crédito esteja estabilizado, mas nesse momento, um financiamentozinho em 24 parcelas pode “mudar” sua classe econômica, embora sua renda permaneça a mesma e você passe os próximos 24 meses sem poder comprar nem uma agulha a mais.
