Vou escrever um pouco sobre esse processo que está acontecendo em nível mundial relativamente ao aperto do crédito bancário. Vou dividir o texto para que, não apenas tenha condições de elaborá-lo com mais calma, possa também cobrir mais detalhes do assunto de maneira gradual.
Os bancos, por serem empresas que utilizam, na maior parte, o dinheiro de terceiros para suas realizarem suas operações, estão sujeitos a uma série de regras. A intenção destas regras é a de prevenir que os bancos quebrem e que aqueles terceiros que lá depositaram seu dinheiro fiquem a ver navios.
Vou falar um pouco mais sobre as operações dos bancos, comparativamente à operação das empresas. As empresas em geral apresentam mais recursos próprios (capital) do que de terceiros em seus balanços, isto é, em vez de tomarem emprestado a maioria dos recursos necessários a funcionar, elas têm seus próprios recursos.
Diferentemente dessas empresas, os bancos utilizam o dinheiro dos seus clientes superavitários para “vender” esse mesmo dinheiro para os clientes deficitários (ou seja, aqueles que precisam do dinheiro para consumir ou para realizar investimentos).
O raciocínio lógico é: quanto mais eu puder pedir emprestado dos superavitários para emprestar aos deficitários, mais eu vou ganhar. Certamente! Porém, para evitar que os bancos se exponham demais, inventaram umas regrinhas a serem seguidas. Por que? Quando o banco empresta para os deficitários, ele corre o risco de que o dinheiro não seja pago de volta (só para mencionar um dos riscos), ou que seja pago a menor. Nesse caso, o que é necessário é que o banco utilize seus próprios recursos para pagar aos superavitários.
No próximo falarei sobre a operação bancária básica.