O Moisés pergunta:
Beto, bom dia!
Você mesmo diz que é mais “barato” administrar um banco do que dois, não é isso? Pois bem, poderia haver perda significativa de clientes, com a retirada da marca Unibanco do mercado? Abs!
Olá, Moisés,
Não acredito que a “marca” Unibanco seja tão poderosa assim nesse negócio.
Veja que não estou generalizando, mas falando especificamente desse caso da fusão com o Itaú.
Quando os clientes procuram um banco, eles procuram solidez, rede de agências (serviço), etc. Tanto um quanto o outro dispõem desses atributos. Portanto, a marca em si do Unibanco não fará muita diferença no negócio.
Acredito que o número de clientes fieis apenas ao Unibanco é residual.
Abraço do Beto
Beto, obrigado pela resposta!!!
Beto e Moisés,
O “P” mais importante de Marketing no mercado financeiro é “People”. A tendência assim sendo, é que o consumidor ‘siga’ o gerente que administra sua conta. Por exemplo, quando o Bank Boston foi comprado pelo Itaú, muitos gerentes que pertenciam a instituição americana optaram por não trabalhar com Olavo Setúbal. Sortudos foram bancos como o Safra que aceitaram de braços abertos esses profissionais e consequentemente captaram seus clientes…
As pessoas fazem negócios com quem gostam e confiam. A real força de mercado de uma instituião financeira (seja qual for seu tamanho)sobe e desce o elevador todo dia.
Concordo com o Beto na questão da marca Unibanco. Ela não é tão forte assim, mesmo porque cometeu algumas das maiores gafes do Marketing Moderno (“Banco um” e “Nem parece Banco”). Isso enfraqueceu a percepção que nós consumidores alimentávamos em relação a todo ‘equity’ que a marca demorou muitos anos para construir.
Um grande abraço,
Gabriel Rossi
Olá Gabriel,
Obrigado pelos seus comentários, eles são excelentes, ainda mais quando se tratam de matéria tão dominada por você.
Eu já fui gerente de marketing de uma instituição financeira e, naquela época, esse tipo de movimento (fundir dois bancos deste tamanho) era considerado uma heresia.
Abraço do Beto
Impressionante como as coisas estão mudando né? Acho que isso talvez seja pela atual macro-transição que vivemos… Crescimento das redes sociais, 11 de Setembro entre outras coisas, estão nos fazendo repensar absolutamente tudo..
Sabe que meu pai foi caixa do Itaú Beto e meu professor foi o homem de Marketing do banco por bastante tempo (Francisco Madia). Todos eles falam a mesma coisa que você Beto. Jamais seria possível imaginar que duas empresas familiares, orgulhosas e tradicionais fossem se unir.
Beto, escreve um post pro nosso blog? Seria um prazer imenso.
abração
Olá, Gabriel,
Obrigado pelo convite.
O prazer é recíproco.
Abraço do Beto