Um dos economistas mais brilhantes de todos os tempos, John Maynard Keynes, em seu livro “A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda”, já nos brindava com uma lista de oito motivos que fazem as pessoas se absterem de gastar sua renda.
É muito bom revisitar Keynes e ver que nada mudou desde então.
Segue a lista, para qual ele não teceu comentários:
Constituir uma reserva para fazer face a contingências imprevistas;
Preparar-se para uma relação futura prevista entre a renda e as necessidades do indivíduo e sua família, diferente da que existe no momento, como, por exemplo, no que diz respeito à velhice, à educação dos filhos ou ao sustento das pessoas dependentes;
Beneficiar-se do juro e da valorização, isto é, porque um consumo real maior em data futura é preferível a um consumo imediato mais reduzido;
Desfrutar de um gasto progressivamente crescente, satisfazendo, assim, um instinto normal que leva os homens a encarar a perspectiva de um nível de vida que melhore gradualmente, de preferência ao contrário, mesmo que a capacidade de satisfação tenda a diminuir;
Desfrutar de uma sensação de independência ou do poder de fazer algo, mesmo sem idéia clara ou intenção definida da ação específica;
Garantir uma masse de manoeuvre para realizar projetos especulativos ou econômicos;
Legar uma fortuna;
Satisfazer a pura avareza, isto é, inibir-se de modo irracional, mas persistente, de realizar qualquer ato de despesa como tal.