Na falta de fantasmas, uma matéria do New York Times resolve inovar. Vêm aí os junk bonds. Isso mesmo, uma espécie de lixo financeiro, caracterizado por títulos de crédito de empresas de baixo padrão de crédito.
Para quem não se lembra (haja memória curta) antes de sermos grau de investimento pelas agências de classificação de risco fazíamos parte desta “categoria”, isto é, produzíamos junk bonds.
Pois é, mas o que você, aí do conforto do seu lar ou das atribuições da labuta diária tem a ver com este tal de junk sei lá o que. Bom, como dizia no começo, na falta de fantasmas, o renomado jornal acaba por difundir mais um elemento de medo e risco para o aterrorizado mercado financeiro.
Conforme a matéria, mais de US$ 700 bilhões de títulos com a característica de baixa qualidade de crédito irão iniciar os vencimentos em 2012 (US$ 155 bi em 2012, US$ 212 bi em 2013 e US$ 338 bi em 2014), fazendo com que os analistas fiquem de cabelo em pé com a possibilidade de muitos deles não serem honrados (pagos) e que haja mais quebradeira. Algo assim como um novo “bug do milênio”.
Na realidade, como alguém já falou por aí que: “dívida não se paga, mas se rola”, a verdadeira questão é se as empresas devedoras desses papéis conseguirão ou não novos empréstimos.
Terror a parte, dado que já estamos de saco cheio deles, não creio que faltará dinheiro do povo (ops!) para rolar os papagaios. Caso contrário vem o sinistro “risco sistêmico”, isto é, o capeta dos capetas. O primo rico do Apocalipse. Senhor de todos os males que podem assolar a economia.
Quer sentir um pouquinho de raiva? Relaxe hoje que amanhã eu falo mais sobre o assunto.