Escrevi recentemente um artigo sobre a falsa crença que algumas pessoas têm de que está tudo bem. Na realidade, elas estão bem empregadas, com uma carreira de sucesso, mas surge a dúvida: será que amanhã vai continuar tudo como está hoje?
Não se trata de uma novidade para quem passou por muito chão nessa vida, não é mesmo? Ao contrário, os altos e baixos acabam nos levando a temer um pouco o que está por vir. Mas esta preocupação, desde que não seja exacerbada, é salutar.
Se supusermos três situações, como mencionei no artigo: a primeira é “dane-se o problema, pois não vai sequer ser meu”; alternativamente, você opta por “já resolvi minha vida: fiz uma previdência privada”; e a última seria: “vou fazer o dever de casa e encontrar a solução adequada para meu futuro, de acordo com meu plano de vida”; poderemos chegar a algumas conclusões que comentarei na sequência.
O leitor nem precisa de muito esforço para perceber que a alternativa mais louvável é a… Antes de dar a resposta mais óbvia da paróquia, vamos comentar um pouquinho as outras duas.
É possível deixar tudo para lá? Sim. Aliás, uma quantidade enorme de pessoas deixa realmente tudo para lá no começo da vida. O problema é que, também para muitos, este pensamento vai mudando com o tempo e a maioria daquele que se encontravam nesse estágio no princípio, mudam radicalmente de ideia. O livro O Valor do Amanhã, que recomendo a leitura, deixa muito clara a constatação de que o envelhecimento aumenta a nossa preocupação com segurança. Do ponto de vista financeiro (matemático), todavia isso nos causará um problema, dado que restará menos tempo para poupar.
Para o grupo dos que acreditam que um plano de previdência é o suficiente, vai uma advertência: tomar uma atitude não significa, necessariamente, resolver o problema. O conjunto de elementos a levar em conta na escolha de uma forma de previdência privada estão longe de ser desprezíveis. Pior de tudo: o seu banco não me parece o lugar mais adequado para que você se aconselhe sobre o assunto. Os conflitos de interesse vão desde as taxas cobradas quanto à realidade sobre o quanto você realmente precisa poupar.
Chegamos, portanto, à decisão mais acertada, do meu ponto de vista, para lidar com o assunto, de certo modo já antecipada no comentário anterior. Antes de qualquer atitude, é necessário avaliar qual será a sua necessidade financeira no futuro e quais os melhores caminhos para atingir a estabilidade procurada. E aí entram as orientações que qualquer pessoa de bom senso lhe daria : obtenha o máximo de informação possível; elaborar um orçamento detalhado e um levantamento minucioso do que deverá ser sua renda no futuro; pesquise ofertas de produtos diferentes e compare com as opções tradicionais de investimento.
Insisto na tese, fortemente repetida como um mantra, que o mercado de ações não é, necessariamente, uma resposta para a mágica de obter resultados espetaculares. Estudos recentes nos mostram que esta expectativa não é uma realidade nos países desenvolvidos, por exemplo. Note que no médio prazo, o mercado brasileiro também estará mais estável e que a remuneração tenderá a ser mais comportada, isto é, menor.
Como já mencionei anteriormente, evite procurar a consultoria de bancos. Sei que há o cômodo atrativo de você não desembolsar nada na hora de ouvir a orientação dos funcionários da empresa, mas acredite que você irá pagar, de uma forma totalmente sem transparência pelo serviço.
Primeira vez que venho no seu blog e achei este post muito interessante, parabéns!
Olá, Economia Ambiental
Muito obrigado e volte sempre.
Abraço do Beto