Não sou especialista em imóveis, muito antes pelo contrário, mas é interessante a valorização sem precedentes que ocorre no mercado brasileiro. Na realidade, o efeito econômico pode ser explicado em parte pelo aumento do crédito, pela maior oferta de capital e pela baixa dos juros, que deslocam as aplicações em renda fixa para outras modalidades de investimentos.
Não se animem, porque não vou fazer previsões (não sou vidente, como já cansei de falar) e nem indicações de investimentos. Vou apenas comentar uma coisa que me ocorreu.
Muitas vezes vemos um imóvel novinho em folha e pensamos: “que maravilha, isso só vai subir de preço.” Absorto neste pensamento, surgiu a ideia sempre do contra: “será que é assim mesmo?” E a resposta é: “não, não é assim mesmo”.
Lembram do filme Sociedade dos Poetas Mortos (o qual sugiro aos novatos que não viram que assistam)? Num certo momento, o professor sugere que os alunos subam nas mesas para verem o mundo sob outra perspectiva.
Vou fazer isso aqui e agora. Vamos subir na mesa e, em vez de analisar e sonhar com um imóvel novo, vamos para a rua e procurar as coisas velhas. Procure imóveis de 20 ou 30 anos atrás, principalmente os apartamentos. Pois é, depois que você fizer isso, pense em como estará a sua belezura daqui a 20 ou a 30 anos…
Esta análise vale também para os famosos empreendimentos em praias. Certa vez cruzei a ilha de Itaparica em direção a Salvador e percebi a modificação no padrão de imóveis do local. Velhos condomínios com residências em estilo pouco convidativo ornavam a beira-mar do local. Aliás, será que esta praia ainda é “da moda”, como foi no passado? Será que as outras praias que hoje se destacam estarão assim também no futuro?
Como falei, não é meu papel fazer previsões, mas levantar as hipóteses para que quem quiser as faça.
Tenho um financiamento de um ap pela CEF e hoje o saldo devedor está em torno de 89.0000 reais, parcelas em torno de 1400 reais. Acontece que eu e minha esposa compramos outro ap como investimento, porém, hoje estamos querendo adquirí-lo como um bem/patrimônio para futuramente podermos morar, pois é menor que o atual e o condomínio menos caro. Fica a dúvida se o esforço em comprá-lo valeria a pena,
pois teríamos que alugá-lo e o valor do aluguel nos ajudaria nas prestações. Nossa renda hoje está em torno de 20 mil reais, nossas despesas mensais, incluindo o financiamento do ap (no qual moramos) 1 e prestações do ap 2 está em torno de 10.000 reais. Em julho o ap 2
será entregue e as chaves estão em torno de 35.000, faltam 7 parcelas em torno de 1300, cada, e mais o valor a ser financiado que estaria em torno de 300 mil, sem as chaves e prestações. Minha esposa teria que financiar o ap 2 sozinha pois, caso contrário, eu perderia o direito de amortizar o ap 1 com meu FGTS em setembro deste ano. Ela tem entre 5 e 10 mil de FGTS. O que o senhor sugere/recomenda? Queremos muito casar dia 24 de novembro e a ansiedade já está enorme! Porém, a indefinição quanto a compra deste ap 2 nos angustia pois poderá
dificultar a economia de dinheiro para o casamento. Lembrando que ainda tenhos IRPF da minha esposa para pagar, o IPVA em julho e 6 mil
reais da prestação semestral de uma sala comercial a ser entregue em julho de 2013. Comprei o ap 1 por 290 fianciado e hoje ele vale em torno de 500 mil. Já o ap 2 compramos por 366.610,00 e hoje está em torno de 452.743,18. Hoje temos uma reserva em torno de 25.000 reais. Será que “enfiamos os pés pelas mãos”? Peço que nos ajude!