Longe de querer ser crítico de cinema, gostaria de comentar o filme O Preço do Amanhã. Para mim, trata-se de uma mistura de filosofia rasteira associada a boa dose de ação daquelas bem mentirosas. Mas o filme traz uma mensagem interessante: a crítica ao sistema de alocação de tempo e o quanto nos valemos do nosso para obtermos coisas materiais. Destaque para uma hilária situação na qual a sogra a mãe e a filha de poderoso banqueiro do tempo (meio que o vilão da história) têm todas a mesma idade “visual”, isto é, não dá para saber quem é a mais velha! (veja a postagem: “Os vovôs e a fonte da juventude”)
Eu recomendo o filme não pela sua qualidade ideológica, mas como uma forma de repassar um pouco este conhecimento, ainda que de forma rasteira, relativo à alocação do tempo. Aliás, o livro O Valor do Amanhã, da minha lista de recomendações, poderia ser atribuído como inspirador da película…
No mais, diria que estão presentes alguns ingredientes comuns, principalmente quando o assunto é dinheiro (ou o tempo), que é a ideia de um Robin Hood, que pode “roubar” dos ricos para doar aos pobres, e de que o sistema está estruturado para proteger a riqueza.
Não vou divagar demais sobre o assunto, mas tais pensamentos têm total sintonia com o que se sente no âmbito do movimento Ocupe Wall Street. Um dia eu até comento mais.
Por fim, volto a sugerir que as pessoas envolvidas com o sistema de educação financeira assistam e utilizem alguns exemplos para seu trabalho, consultoria ou mesmo para a própria vida, embora nada seja novidade quando comparado com o filme “a história das coisas”, que agora é livro.