Será um sinal dos tempos, ou a confirmação explícita de que as nações não podem adotar políticas econômicas sem coordenar suas ações com as aplicadas em outros países.
O Banco Central Suíço deu uma de estrangeiro e abandonou a previsibilidade de suas ações. Retirou a âncora que atrelava o franco ao euro.
Como isso funcionava? O Banco Central não deixava o franco valorizar-se livremente. Se houvesse muita procura pelo franco (pessoas querendo trocar euros por francos para proteger-se das incertezas europeias) este seria cotado, no máximo a 1,2 francos por euro.
O banco central venderia todos os francos que os compradores quisesse, para que, em hipótese alguma, fossem necessários menos do que 1,2 francos para comprar 1 euro.
Quem se beneficiaria disso eram os exportadores suíços, que poderiam vender seus produtos a um preço competitivo.
A atitude do BC daquele país foi preventiva, pois estava claro que haveria uma ação especulativa contra ele. Sempre que se adotam medidas dessa natureza, fica aberto o espaço para que o dinheiro grande gerido por fundos de hedge façam suas “artes” e se beneficiem da medida artificialmente adotada.