Nesta postagem, diferentemente das anteriores, nas quais discuti o assunto dos fundos soberanos como eles são e como devem ser, critico a atitude de criação deste fundo tupiniquim internacional.
Vou falar com base na informação que tem sido divulgada de que o nosso fundo soberano tem a finalidade de “ajudar” empresas brasileiras a se desenvolverem no exterior. Para ser sincero, não acredito que esta seja a finalidade do soberano brasileiro, mas se for, está meio errado este negócio.
Como já mencionado anteriormente, um fundo desta natureza destina-se a maximizar os resultados das aplicações das reservas. Vou explicar: quando o Governo, por alguma razão, compra dólares, ele não o faz adquirindo as cédulas, na verdade, os recursos (dólares comprados) são depositados na conta corrente do País, em bancos no exterior. Aí, fica tudo igualzinho a nós, pobres mortais. Estamos com o dinheiro na conta e queremos fazer uma aplicação que renda o máximo possível com o menor risco. No caso dos países (o Brasil incluído) é necessário fazer aplicações bastante seguras. Por esse motivo, fomos “convencidos” que isso significa depositar o suado “dolinha” ganho em grandes bancos internacionais. Obviamente, se você fizer o equivalente com o seu dinheiro aqui no Brasil, vai receber uma remuneração baixa, porque os grandes bancos pagam menos pelos depósitos (veja a postagem sobre CDB).
Voltando ao caso do fundo soberano normal, como explicado nesta postagem anterior, trata-se de uma estratégia para maximizar os ganhos e não para emprestar dinheiro a empresas nacionais. Na verdade, os recursos destinam-se até mesmo à compra de empresas estrangeiras, o que causou preocupação dos países industrializados, como foi o caso dos EUA.
Acredito que o dinheiro das reservas deveria ter um destino mais nobre, deixando o BNDES com esta atividade beneficente.