Continuando o pensamento sobre o endividamento, temos que nos lembrar de que o “refresco” dado ao comércio e a alguns setores da indústria também pode ser pouco significativo para o País. Embora o comércio possa ter gerado alguns empregos e a indústria automobilística também tenha sido beneficiada, o endividamento também ajudou a aumentar a importação.
Isso mesmo, estamos tomando dinheiro emprestado para adquirir muita coisa importada. Para vocês terem uma ideia, a tonelada importada da China custa 20 vezes mais do que a tonelada exportada do Brasil para lá. Isso é, enquanto importamos coisas com tecnologia e valor agregado, estamos exportando produtos agrícolas com apenas água e solo brasileiros. Hoje em dia até as sementes tendem a pagar royalties. Pagamos pela inteligência e recebemos pela força bruta, desgaste do meio ambiente e intoxicação.
Os carros brasileiros mesmo estão cheios de componentes importados. Isso nos coloca numa situação na qual o endividamento não gera realmente o crescimento do País, mas a possibilidade de redução da capacidade futura de aquisição de novos produtos, devido à transferência da renda dos mais pobres por meio da taxa de juros exorbitante.
Sou totalmente contrário a esta estratégia de crescimento que, embora renda muitos votos aos governantes de plantão, não proveem resultados positivos para a população.
Artigo excelente! Um questionamento a se fazer é quem está realmente ganhando com essa atual política-econômica do Brasil? Tenho alguns exemplos que me vêm a cabeça no momento: jogador de futebol, executivos de bancos, políticos (claro), artistas de tv… (Mais ideias?)
Li certa vez num comentário de blog, o seguinte: “Brasil, o país do carnaval e do turismo sexual”. Pode?
Olá, Diego,
Muito obrigado pelo seu comentário! Aliás, pela sua “audiência”.
Cara, estamos criando a geração da futilidade, do fuxico e da fofoca.
Precisamos gerar uma reação a isso, melhorando o nível da discussão.
Abraço forte do Beto
Estou atento, dentro do possível, caro companheiro. Seu blog tem espaço nos meus sites favoritos, pelo altíssimo nível da crítica educativa dos seus artigos.
Nunca esquecerei da sua contribuição, há meses atrás, na discussão para a queda da “taxa de renovação de cadastro” dos bancos. Discussão de altíssimo nível, onde os consumidores sairam vitoriosos, deste vez, pelo menos.
Forte Abraço também. E até breve, em uma nova inspiração para comentar seu blog, enquanto ainda não fico “louco”.