Voltando a um assunto que o blog não é especialista, mas, tal qual futebol, discute sem o menor pudor, quero falar de eleições e propaganda eleitoral.
Há um tempo, ao encontrar uma cidade invadida pela violência, um prefeito de Nova York (não vou citar nomes porque não tenho interesse em destacar a atuação do mesmo, exceto pelo fato que narro) instituiu um programa denominado “tolerância zero”. Neste programa, qualquer desvio da lei, por menor que fosse, ensejava a prisão do infrator.
Eu gosto muito de atitudes dessa natureza, principalmente no que se refere a finanças pessoais, dado que é um modo de tirar o comprados compulsivo (ou quase) do círculo vicioso em que se inseriu. Mas voltando à política, eu tenho certeza de que somente resolveríamos muitos dos problemas de caráter se implementássemos uma atitude dessa natureza na hora de escolher o candidato.
Vou dar uma sugestão de medida de tolerância zero: não vote em quem faz propaganda irregular. Note que é um desvio que poderíamos até tratar como mínimo em uma situação generalizada, mas aquele que faz propaganda irregular pode ter a impressão de que pequenos erros justificam os fins.
O problema com um pensamento dessa natureza é a medida do que é “pequeno erro”. Podemos chegar a situações em que pagar mesada para determinadas pessoas serem favoráveis aos projetos de X, Y, ou Z se torne um “pequeno erro”. Ou, mesmo, “é assim que a coisa funciona”, o que é a segunda fase do processo. E nunca se sabe quais serão as próximas fases até que uma escuta telefônica, delação ou filmagem revele.
Em Brasília, onde vivo, alguns candidatos a governador resolveram fazer cartazes e colocá-los nas vias públicas de grande circulação. Pergunto o seguinte: como uma pessoa que terá o papel de zelar exatamente pela preservação da limpeza visual da Capital age assim antes mesmo de ser colocada na cadeira de governador?
Eu já sei, portanto, em quem não vou votar.
Boa dica!
Abraços!