Pois é, pessoal, depois de ficar por volta de 6,3% de juros reais, isto é, acima da inflação medida pelo IPCA, a querida NTN-B, que eu consultava ontem, chegou 5,98%.
Cuidado para não confundir com os juros da Poupança, que são juros nominais de 6,17% ao ano mais a variação da TR.
Este papel tem uma característica muito interessante para quem está se aposentando nesse momento: garantir uma remuneração semestral com correção acima da inflação. Além disso, ele tem um vencimento de quase 35 anos, o que possibilita uma renda garantida pelo governo, isto é, pelos pagadores de impostos, que somos todos nós.
Como estamos comentando há um bom tempo, as taxas de juros de longo prazo e no longo prazo tenderão a cair, quanto mais forte economicamente estiver o País. Por outro lado, se a coisa desandar e a responsabilidade fiscal (controle de gastos do governo) não se fizer presente, os juros sobem de novo, e aí, quem estava no barco perde. A esta situação de incerteza se dá o nome de risco.
É, a vida não é fácil para quem tem dinheiro sobrando, não é? Mas é pior ainda para quem não o tem.
Perguntas:
Atingi a idade em que preciso começar a usar o dinheiro que acumulei em previdência privada e pretendo migrar determinado valor de um VGBL com 49% de renda variável para Tesouro Direto (NTN-B). Acontece que o banco onde tenho o VGBL lançou, recentemente, um plano de VGBL lastreado em NTN-B. Como o regime de tributação do meu plano é decrescente e a alíquota é ainda de 25%, por mais um ano, pergunto se valeria a pena pagar a taxa de administração (1,5%) do novo plano, para esperar a alíquota cair mais, ou seria melhor ir imediatamente para o Tesouro Direto.
Qual é a perspectiva das taxas de juros das NTN-Bs, face ao atual cenário econômico do Brasil ?
Olá, Luciano,
A primeira pergunta tem uma questão de conta a ser feita, o que não posso realizar nesse momento.
Sobre a perspectiva da NTN-B vou comentei na postagem de hoje.
Abraço do Beto