Surgiu uma novidade para quem gosta de investir em fundos. Seguindo uma tendência mundial prescrita até mesmo pelo Comitê de Supervisão Bancária da Basileia, secretariado pelo BIS, a indústria brasileira de fundos está adotando o sistema de adequação, isto é, oferta de produtos de investimento de acordo com o perfil do investidor.
Antes de continuar, queira fazer um apelo, do fundo do coração de um brasileiro, para que, pelo menos meus amigos blogueiros repudiem veementemente o termo “suitability”. Esta palavra, além, de difícil pronúncia, possui um belíssimo similar nacional: adequação. Fico até vendo uns executivos de banco tolinhos que acham que se falarem inglês demonstram serem quem não são pronunciando este termo horroroso.
Voltando ao ponto inicial, a medida visa fazer com que o cliente conservador não se transforme em cotista de um fundo multimercado alavancado (clique aqui para saber o que é alavancagem).
Será aplicado um questionário de doze perguntas que irá determinar as características de cada investidor. A análise será refeita anualmente para acompanhar a mudança dessas características com o passar do tempo. Devo registrar, ainda, que não será uma prática regulada pelas autoridades brasileiras, que seguem a orientação superior de deixar o mercado se autorregular. Além disso, não serão todos os tipos de fundos que para a aquisição prévia será exigida esta análise.
Finalmente, a análise não resolverá o problema das taxas de administração, muito menos do direcionamento dos investimentos para coisas que não tenham muito a ver com o benefício do cliente, como títulos de capitalização.
Beto Veiga
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