Os “mantras” de ordenamento do consumo, conforme vocês devem ter ouvido por ai, são muitos. Vou dar um exemplo deles: “Você merece!”. Outro que vem sendo utilizado atualmente, no que se refere a cirurgias plásticas, tratamentos dentários, moda e beleza, é aquele que diz “melhore sua autoestima!”
Fui fazer uma pesquisa mais profunda sobre o tema, uma vez que a questão do consumo, vista pelo lado da psicologia do cidadão, é algo que muito me intriga.
Nesse sentido, o livro “Auto-estima”, de Nathaniel Branden, muito claramente descreve onde se deve procurar a referida valorização de si.
“Assim como a aclamação dos outros não cria a nossa auto-estima (SIC), também não o fazem os conhecimentos, a competência, as posses materiais, o casamento, a paternidade, a dedicação à caridade, as conquistas sexuais ou as cirurgias plásticas. Essas coisas podem às vezes fazer com que nos sintamos melhor sobre nós mesmos temporariamente, ou mais confortáveis em situações particulares, mas conforto não é auto-estima(SIC).
A tragédia é que existem muitas pessoas que procuram a autoconfiança e a auto-estima(SIC) em todos os lugares, menos dentro delas mesmas, e, assim, fracassam em sua busca.”
Tomara que isso ajude!
Pois é. A pergunta foi feita e a resposta não veio. Só se fala onde não está mas não diz onde interiormente se encontra.
Eu discordo do texto pois muitas coisas que “levantam” nossa auto-estima e a autoconfiança vem do lado externo. Não digo na base do consumismo somente. Dou um exemplo de uma pessoa que tem uma arcada dentária feia, evita sorrir, evita encontros com amigos pois isso lhe causa um tremendo desconforto.
Então é viu na TV que tem uma empresa X que vai lhe “devolver a autoestima”. E pior que devolve mesmo pois a pessoa arrumou seus dentes, voltou a sorrir e a se divertir e tudo, em sequencia, melhorou na sua vida.
Olá, Otávio,
Achei muito interessante o seu comentário.
Sobre onde achar, acredito que você tem toda razão. Não está aqui a resposta. Aliás, vou mudar o título nesse momento.
O livro apresenta uma série de procedimentos para que se encontre a tão procurada autoestima.
Quanto ao exemplo, concordo. Há problemas físicos que realmente podem ser corrigidos com cirurgias e que irão proporcionar melhor percepção da própria pessoa quanto ao seu visual. O problema é não voltarmos ao ponto no qual a pessoa passe a imaginar que os outros a estão vendo com outros olhos. Se for este o caso, não se trata de autoestima, mas de aprovação alheia.
É um tema interessante e voltarei a discuti-lo com a profundidade que ele merece.
Muito obrigado pela sua intervenção.
Abraço do Beto