Dando uma aula de economia (não sei se aula popular ou economia popular), o Presidente Lula pronunciou o seguinte:
“Bolso de pobre cheio ativa economia mais que desoneração”
Era um discurso para um grupo de empresários e o Presidente “reclamava” do fato de que certas desonerações fiscais não iam para os preços. Desse modo, quem tinha a renda aumentada eram os “ricos” e não os “pobres”.
Ele fazia uma referência ao conceito de propensão a consumir, que no caso de quem ele chama de “pobre”, é maior, segundo estima.
“Cada real que você dá na mão de um pobre ele volta automaticamente para o comércio, para o consumo e vai reativar a economia. Um real para mil pessoas são mil reais para o comércio”
Nesse ponto, ele quis dizer que a propensão marginal de consumir (quanto de cada incremento da renda irá para consumo) é um, ou seja, cada aumento de um real na renda do “pobre” significa um real de consumo.
“Ele (o pobre) não vai para o banco, para o derivativo, é isso que precisamos fazer para a economia deste país crescer”.
De maneira geral, o Presidente Lula deu o seu recado. Tomo a liberdade apenas de fazer uma mínima intervenção: Embora esta propensão seja alta, não chega a tanto. Ainda que não utilizem derivativos, Sr. Presidente, os “pobres” também poupam!
É claro que o consumo é uma das alavancas da economia de um país, mas, por outro lado, o hábito de poupar também traz benefícios, já que incentiva a educação financeira e proporciona aos poupadores melhores metas a atingir no futuro.
É isso aí!
Um grande abraço e que Deus lhes abençoe!