Conforme o New York Times, os lobistas da indústria bancária estava reunidos em um conselho de guerra por conta dos planos do presidente Obama de regular o sistema financeiro. Dentre as mudanças propostas estão a criação de uma agência de proteção ao consumidor e a regulação dos salários dos executivos.
Os lobistas estavam com um arsenal preparado, que ia dos anúncios de televisão ao marketing direto.
Todavia, ao final da reunião, resolveram dar apoio público às reformas do presidente.
Uma pontinha da resposta para esta mudança de comportamento apareceu por meio de um dos líderes do lobby da indústria bancária, que afirmou o seguinte: “Este governo nos lembrou uma das lições que nossa mãe nos ensinou: se você não tem nada bom a dizer, então fique calado.”
Como afirma a matéria, os lobistas entenderam ser “melhor negociar com o governo do que confrontá-lo, publicamente, pelo menos enquanto as propostas não aparecerem detalhadas”.
Afinal, o que a indústria quer é defender seus interesses. De nada importa demonstrar que suas ideias são melhores do que as de governo algum, muito menos do que técnico algum que componha tal governo.
O problema se volta para a política. Os opositores do presidente ficam muito revoltados com esta posição, porque o silêncio dá uma força implícita a Obama, dado que não há críticas sendo disparadas sobre o público. Menos ruído, mais tranquilidade.
O silêncio da indústria, todos sabemos, tem um preço. Ninguém abrirá mão de seus interesses por nada. A componente política é genial. Por um lado, o governo alardeia que o mercado precisa de regulação e que os consumidores devem ser defendidos. Por outro, pouca gente tem domínio do que realmente significa esta regulação (quando foi a última vez que você leu uma resolução do Conselho Monetário Nacional?). No caso dos consumidores, pode-se criar a agência, mas limitando sua atuação, sem que ninguém saiba disso.
Assim caminha a humanidade…