Todo investimento apresenta riscos. Neste caso, vou listar os dois principais: o risco de crédito e o de mercado.
Sobre o risco de crédito
Uma pergunta importante: Quando aplico em CDB estou emprestando meu dinheiro ao banco, certo? Qual a garantia de que vou recebê-lo de volta? A resposta é a seguinte: depende de quanto você está emprestando e para qual banco você empresta. Se forem bancos públicos, seu dinheiro está garantido pelo governo, isto é, pelos contribuintes brasileiros, seja qual for o valor aplicado.
Se for um banco privado, há um seguro que garante, no caso de quebra do banco, até R$ 60.000,00 por CPF.
Se o valor é superior a este, você pode dividi-lo em mais de um banco. Contudo, deve lembrar-se que o banco pode pagar mais por um volume maior de aplicação. Trata-se de uma opção de risco que deve ser comparada com o retorno (eu prefiro não arriscar, mas este é o meu perfil, e não o seu).
Sobre o risco de mercado (risco de variação de preços)
No que se refere ao risco de mercado, você é testemunha da constante variação nos preços das ações que sobem e descem ao sabor dos fatos e dos boatos. Todavia, há um risco de mercado também nas operações consideradas mais conservadoras. Muitas pessoas viram os recursos aplicados em fundos de investimento de renda fixa diminuírem de valor. Por que isso aconteceu?
Os investimentos em renda fixa, como os CDB–Pré, também sofrem com a variação de preços.
Que preço? Você deve estar se perguntando. A resposta é o preço do dinheiro, comumente conhecido como “juros”. Os juros podem subir e descer e, com isso, causar perdas momentâneas (em alguns casos permanentes) aos portadores de títulos de renda fixa.
Isso acontece porque os CDB-Pré são emitidos com uma taxa fixa. A explicação é um pouco mais complicada, mas ficarei aqui apenas com o seguinte comentário: se você aplicou à taxa de 8,75% e os juros subirem, você estará deixando de ganhar, o que significa, em termos econômicos, perder.
Você também pode ganhar se o inverso acontecer, ou seja, se a taxa de juros diminuir. Acontecendo isso, você garantiu uma remuneração maior para o seu dinheiro.
No caso do CDB-Pós, sendo o mais conhecido o CDB-DI, você não corre esse risco (nem de perder nem de ganhar mais que o mercado), porque a taxa varia diariamente, ajustando-se às movimentações do mercado.
Prezado Doutor Humberto:
Gostaria que o Sr. que ajudasse em uma dúvida inquietante que me amedronta.
Tenho 21 anos e estou com uma importância em dinheiro que desejo aplicar para, daqui dois anos, quando eu me formar em administração, pagar minha faculdade de direito.
Tenho R$ 25.000,00 e gostaria de ramificar esse importe em investimentos que me rendessem juros a curto prazo (dois anos).
Atualmente, a minha dúvida nevrálgica é sobre os riscos de aplicar capital em CDB Pré-fixado. Bem, se, suponhamos, eu aplicar R$ 2.000,00 neste título, numa taxa de juros de 4% e, segundo termos econômicos, eu perder dinheiro, tal derrocada é: I) Junto ao valor inicial aplicado – dois mil reais -; ou II) irá deixar de ganhar com uma taxa de juros mais elevada.
Como sou novo nessa área, sinto receio de investir um valor e acabar resgatando valores ínfimos ao da aplicação vestibular.
Desde já, muitíssimo agradecido.
Alceu.