Conforme estava falando ontem, ainda faltou comentar sobre o Tesouro Direto, na sequência daquela postagem.
Veja, para comparar com o Tesouro Direto (o que é Tesouro Direto), é necessário olhar cada uma das formas de apuração de taxa de juros disponíveis, conforme já falei neste blog algumas vezes. A comparação tende a ser vantajosa no quesito taxa, porque os papéis oferecidos pelos bancos têm uma lógica peculiar de pagar mais juros do que o Tesouro Nacional, coisa que não se verifica no caso dos bancos grandes, que tratam os clientes pequenos como se o Tesouro Direto não existisse (um pouco de filosofia), isto é: apesar de serem mais arriscados do que uma aplicação em títulos, os bancos grandes têm a justificativa de pagar menos do que o Tesouro Direto porque se apoiam na ideia de custos mais elevados para tratar os clientes pequenos. Assim o cidadão acaba fazendo uma aplicação com maior risco e menor retorno, se for aplicar pouco em um banco grande. E isso, do ponto de vista econômico pode parecer irracional, embora, do ponto de vista prático não o seja, porque: a) o cliente nem sempre tem a informação correta e b) o cliente prefere concentrar todas as operações em uma única instituição por pura comodidade (e esta é uma opção exclusivamente sua).
Finalmente, vieram os bancos pequenos para quebrar este paradigma. Agora, além disso, podemos dizer que o retorno dos CDB aplicados nesses sistemas denominados “diretos” tende a ser maior, porque não se deparam com os custos cobrados pelos intermediários (no caso a CBLC e os agentes de custódia) do Tesouro Direto. Há alguns agentes que abrem mão de sua taxa de administração, mas a CBLC, nem pensar! Ela quer o dela e pronto (0,1% na entrada e mais 0,3% anuais cobrados semestralmente).
Faltou falar apenas dos prazos, quando o assunto é comparar este CDB com o Tesouro Direto. Neste caso, os papéis públicos apresentam um prazo maior, que é muito interessante para quem quer correr mais risco e ganhar uma taxinha a mais. Mas isto é especulação (rs).
Bom, fica aí minha contribuição para este assunto.
Olá beto.
sou um grande fã do seu trabalho e sou um assíduo leitor do seu blog.
No seu Blog há uma propaganda do CDB Direto. A minha pergunta é: E garantido o investimento? E o banco SOFISA? Tambem é garantido?
Grato!
Olá, Rafael,
Muito obrigado mesmo!
Bom, eu não comento sobre solidez de banco nenhum. Há sérios problemas legais com isso.
Sobre a propaganda, não tenho controle sobre ela, porque está associada ao google, que publica seus anúncios aí.
Este texto que você comentou diz mais ou menos o que eu penso sobre o assunto.
Grande abraço do Beto
Beto, estou interessado em investir em um cdb, totalmente online e sem custos, oferecido por um banco, mas estou receoso mesmo com a garantia do FGC, por um lado o banco tem garantia do FGC, por outro, pode ser que ele esteja com problemas de caixa, devido a problemas com inadimplência, há ainda a possibilidade do banco querer se fortalecer devido à crise, e está tentando se capitalizar, as taxas são atraentes, mas não me sinto seguro para realizar a aplicação, afinal, achar que esse método de cdb que surgiu recentemente, é motivo para se dizer que o banco está mal? O indíce de basiléia do banco é bom, a classificação de risco não aponta problemas, mas não sei, a primeira impressão que tenho referente a este método de captação, é de uma atitude desesperada do banco. Enfim, compensa assumir o risco de ter desconforto para receber o dinheiro pelo fgc no futuro, ou é natural essa atitude de alguns bancos para fazer frente a concorrência?
Ainda gostaria de tirar outra dúvida através da sua opnião, mesmo com a crise vc acha que o Tesouro direto continua seguro e sendo uma boa opção para investimento? O Brasil está bem visto pelo mercado internacional, mas…. nunca se sabe.
Ola beto. Parabéns pelo artigo e pelo site. Gostaria de contribuir com o artigo citando os prazos que o fgc demorou para ressarcir o dinheiro “perdido” nos bancos que faliram. Particularmente, achei os prazos muito bons. Basta seguir o link: http://www.fgc.org.br/upload/Garantia_CI_p.pdf