Postagem que gostaria de fazer em 2010

Antes que você pense que fiquei maluco, esta postagem é uma empreitada de vários blogueiros no sentido de produzir um texto que gostariam de escrever no ano que vem. E aqui está o meu desejo. É óbvio que as preocupações sociais são imensas, muito maiores do que aquelas restritas aos investimentos e ao mercado financeiro, mas sairia muito do meu contexto se falasse de outra coisa, de modo que prefiro ficar por esta seara mesmo. Sei que é bem difícil ver meu desejo se concretizar no curto prazo, mas devemos sonhar alto. Aí vai a postagem dos meus sonhos para 2010:

Finalmente os consumidores de baixa renda resolveram poupar. A classe C, que utilizava 16% do rendimento familiar em 2009 para pagar serviços financeiros, está investindo 18% do salário.

As vendas no comércio, que se esperava que caíssem com a maior prudência dos consumidores, manteve-se constante e, até, com um pequeno aumento, sendo que agora, a maioria delas é feita à vista. Nem cartões de crédito estão usando.

As instituições financeiras é que estão perdendo em lucratividade para o setor de serviços e industrial. A redução nos financiamentos aumentou a renda do trabalhador, que agora poupa mais e faz com que as taxas de juros caiam a níveis jamais vistos. Com dinheiro à vista, comércio e indústria melhoram seu fluxo de caixa, recorrendo menos a empréstimos e melhorando o desempenho econômico.

O Banco Central nem precisa se preocupar com a inflação, porque as compras são comportadas e os empresários investem com tranquilidade, graças às baixas taxas de juros. Assim, a capacidade instalada do País aumenta, isso é, há mais fábricas oferecendo produtos e os preços continuam baixos.

Outro aspecto importante nessa nova economia do ano 2010 é que os planos de previdência privada estão com taxas de administração nunca antes praticadas. Não se vê nada superior a 0,5% ao ano! Numa iniciativa inédita, os aplicadores ameaçaram uma revoada em massa desses planos para opções sem custos administrativos exorbitantes. Resultado: queda vertiginosa nas taxas.

Os títulos de capitalização também sofreram forte queda na arrecadação devido a maior educação financeira dos consumidores, que passaram a entender melhor o funcionamento desse produto e preferiram utilizar alternativas reais de investimento, tais como fundos, CDB e Tesouro Direto. As empresas de capitalização e a Susep resolveram alterar as regras para que o produto se torne mais vantajoso, de modo a voltar a apresentar alguma chance de competitividade.

Finalmente, o Brasil apresenta níveis consistentes de crescimento e está atraindo muito mais recursos e atenção internacional, porque não produz bolhas de consumo. Certamente, nesse ritmo, iremos desbancar a China em 2011.