Estava eu circulando nas avenidas da Capital Federal quando observo um semáforo sendo pintado. O semáforo a que me refiro não é o poste, mas aquela parte que fica pendurada com as luzes (não diga…).
Pois bem, fiquei imaginando quem foi que solicitou que uma empresa, obviamente terceirizada, fosse lá fazer aquele serviço? De certo, o Detran, que recebe o dinheiro das multas aplicadas no piloto automático e que acabam indo para a pintura dos semáforos.
Achei bem legal aquilo. Estava um caminhão parado em baixo, com uma placa: “Manutenção de Semáforos”. Dois caras, um na escada, com um rolinho, pintando o aparato de cor preta.
Para ver nossa querida capital bonitinha, com seus jardins, assim como no caso das demais cidades do País, alguém tem que pagar a conta, não é? Mas não seria melhor que escolhêssemos onde investir o suado dinheirinho recolhido com os impostos?
Aí eu pensei: quem vai a reunião de condomínio? Creio que não muitos de nós, não é? Isso mesmo. Se não vamos a reuniões de condomínio, que se dirá a respeito de cobrar a alocação correta dos recursos públicos (isto mesmo, públicos).
Como a gente não vai lá, há uns carinhas que vão. Que visitam os candidatos antes, durante e depois de assumirem suas funções públicas.
Para nós, que somos, vamos dizer assim, mais tímidos, fica a conta e o direito de ficar falando mal dos outros.
Concordo plenamente. Só nos interessamos pela coisas quando eles nos atingem diretamente! Quando isso ocorre indiretamente não damos a mínima. Alguém aqui já viu uma empresa brigar por melhoriar para o funcionalismo público? Com certeza não, mas garanto que muitos dos clientes dela são funcionários públicos e podem aumentar suas compras se ganharem mais. Essa mesma empresa acha ruim quando aumenta o salário mímino pois a folha de pagamento irá subir. Resumidamente, quero dizer que estamos todos no mesmo barco mas ninguém enxerga isso pois cada um está preocupado com seu bote salva vidas….
Este é o problema do brasileiro: a cultura aqui é que o ‘público’ não pertence a ninguém. Enquanto nos países com desenvolvimento mais avançado a cultura é que o ‘público’ pertence a todos.
Olá, Fernanda,
É a mais pura verdade. Aqui o público, se der lucro, é privado e o privado, se der prejuízo, é público.
Abraço do Beto