Hoje vamos terminar a gestão de riscos iniciada na postagem anterior, para complementar a sua
Proteção da família
O propósito desta proteção é evitar que a riqueza que você acumulou se perca por conta de documentações desatualizadas ou informações “perdidas”.
a)Atualize o seu testamento. “Se você não tiver um documento legalmente aceito dizendo quem fica com o quê, outra pessoa irá tomar esta decisão”. A atualização do testamento deve considerar alterações na composição da família, aquisição de propriedades recente, e mudança na preferência que você tem por seus parentes.
b)Orientação médica a priori. A orientação de Robert Brokamp parte do princípio de que exista uma previsão legal acerca da possibilidade de deixar orientações para médicos no que se refere aos seus procedimentos. No Brasil há muito pouco espaço para isso. Provavelmente só encontremos algum tipo de discricionariedade no que se refere à doação de órgãos. De qualquer modo, ainda que tais orientações não tenham, no caso brasileiro, poder legal, ajudarão no caso de algum parente seu tenha que tomar decisões, quando a capacidade para tal estiver fora do seu alcance.
c)Procuração “durável”. Para permitir que alguma pessoa que você indique torne-se seu representante legal, caso você venha a ficar impossibilitado de tomar decisões. Vamos com um pouco de calma sobre esta sugestão, porque pretendo escrever em breve sobre o tema com um pouco mais de detalhe.
d) Agentes fiduciários – segundo Brokamp, nem todos precisam de um agente fiduciário. A contratação de um depende do tamanho dos seus ativos, do estado no qual vive e do quanto você confia nas pessoas que eventualmente irão herdar o seu dinheiro. Este também é um bom tema para outras postagens.
e) Mantenha atualizada as informações dos beneficiários. As apólices de seguro e a previdência privada possibilitam que você indique os beneficiários. A manutenção dos dados atualizados evitam que o dinheiro vá para outras pessoas.
f) Lista de onde você guarda as coisas. A sua família precisará de informações sobre quem são os profissionais aos quais você confiou as informações sensíveis referentes ao patrimônio. Da mesma forma, documentos legais, apólices de seguro, cofres de aluguel e de casa, etc. Eu acrescentaria a esta lista aquelas coisas que ficam escondidas como algumas joias e moeda estrangeira, em pequenas caixas ou bolsos. Estes itens podem acabar sendo “doados” com as roupas que servem de esconderijo.
Vou juntar as dicas sobre proteção de ativos que tratam contratação de uma série de seguros patrimoniais em uma única, isto é, avalie a contratação desses seguros.
Sugere, também, a aquisição de um cofre a prova de fogo, de preferência, para aqueles que, segundo as palavras de Brokamp, possuem coisas que “mereçam algo melhor do que uma caixa de sapatos para guardá-las”.
Finalmente, se você tiver um seguro contra roubo e incêndio, mantenha, separado dos bens, é óbvio, alguma prova de que você adquiriu cada um deles. Podem ser as notas fiscais ou, em último caso, fotos dos bens, embora estas fotos possam ter menos valor provante do que as notas.