No âmbito do serviço de consultoria que presto, uma das questões mais frequentes diz respeito aos planos de previdência privada.
Realmente, a coisa é muito complexa, porque, além de características tributárias que envolvem esses planos, as modalidades de fundos que se deve optar, ainda resta a questão dos custos fenomenais que alguns planos de menor valor cobram dos seus clientes.
Este caso é emblemático, porque a pessoa que me fez a consulta encaminhou um pedido de esclarecimento à empresa de previdência privada, por meio do gerente do banco, pedindo que fosse feita uma comparação entre o que o rendimento do plano de previdência e o resultado da caderneta de poupança (veja aqui o rendimento da poupança) e o de uma letra do Tesouro Nacional vendida por meio do Tesouro Direto.
A resposta foi meio surreal, porque o que o cliente perguntava é o que o havia se passado com o fundo que adquiriu para as filhas dele e a resposta veio sobre o que ele ganharia no futuro se optasse por um novo plano, agora, em vez de no nome das filhas, no seu próprio nome.
Ora, por que não fizeram a comparação conforme solicitado pelo cliente. E mais, por que não foi oferecido este novo plano mais vantajoso inicialmente? Esta última pergunta pode até ser justificada com algo do tipo “ele não queria fazer um depósito mais alto…” E eu respondo: então por que ofereceram este plano com taxa de administração superior a 3% ao ano, que gera uma despesa tão elevada para o cliente? Porque o objetivo é ganhar um dinheirinho com base no desconhecimento dos outros.
Fiquem atentos e, conforme minha sugestão, peçam este comparativo à empresa de previdência privada de vocês.
Bueno! Sempre digo que banco bom é aquele da praça, que te dê conforto na hora que tu vais descansar um pouco, sentando…..
Para mim, banco é como um bolicho, como uma boutique, que pratica preços maiores do que realmente deveriam ser. E aí, compra quem quer, paga quem quer comprar ali….
Em Porto Alegre conheço três shoppings: o primeiro de todos: o Iguatemi, que tem mais de 20 anos. Do lado deste, dividido por apenas uma rua, está o Bourbon, tão grande quanto o Iguatemi. Nestes dois tu encontras tudo o que tu precisas…. e estes dois são conhecidos por quase toda a população!
Mas na frente dos dois existe um terceiro, que QUASE NINGUÉM CONHECE. É um SHOPPING FINANCEIRO…. Um escritório (da Dérivés), uma afiliada da XP Corretora. Saí do sistema financeiro tradicional e negocio meus trocados todos por ali (cotas de clubes de invetimentos; fundo imobiliário e logo logo, planos previdenciários).
Agora estou finalizando a portabilidade (a segunda) dos meus planos previdenciários (meu, esposa e duas filhas), pois, na Icatu, os rendimentos cumulativos, via comparativo feito por eles (Dérivés) eram menores do que os fundos DI. O carregamento era bem menor do que no Bradesco onde abri estes planos em 2008 (carregamento de 5% e taxa administrativa de 3% a. a.). Na Icatu, o carregamento é de 2% para as filhas (que contribuiam com R$ 168,00 cada mensalmente; 1% para mim com mensalidade de 280,00 e nada para a esposa que contribuia R$ 560,00 (0%). Mas a taxa administrativa é de 2% a. a.
Creio que isto vai mudar aos poucos, tal como é aos poucos que a educação financeira entra no rancho (residência) das pessoas. Mas isto ainda vai levar muito tempo, o que é normal num país que prioriza o consumo a qualquer preço!
Baita abraço
Valdemar Engroff – o gaúcho taura
Caro Valdemar,
Não canso de dizer que é uma honra para mim contar com a sua assinatura do blog.
São comentários que me instigam a refletir sobre temas realmente importantes para o mundo.
Diante disso, quero dizer que estou devendo uma orientação geral sobre aposentadoria para você e sua família, que poderá ser utilizada por todos aqueles que assim o desejarem.
Abraço do Beto