Como vimos na postagem anterior, o empresário quer recursos para investir, contrata uma agência de classificação, lança um título e um poupador ver a oferta e avalia se tem interesse em adquiri-lo com base na nota e nas taxas de juros pagas.
Vamos para a primeira sofisticação do sistema: como seu sei se a nota atribuída é compatível com as taxas de juros pagas? Inicialmente, vamos chamar a atenção para o fato de que as taxas de juros têm tudo a ver com o risco de crédito. Quanto maior o risco, que é um custo da operação, mais juros o credor irá pedir ao devedor.
Dessa maneira, como a boa ciência recomenda, vamos fazer uma estatística entre a nota atribuída pela agência e possibilidade daquela empresa vir a atrasar os seus compromissos. Suponhamos um sistema de notas A, B, C, e D, atribuídas inicialmente, em função da percepção da agência de classificação quanto à qualidade de crédito da empresa devedora. Após algum tempo, é possível fazer um histórico entre a possibilidade de uma determinada empresa vir a quebrar se receber uma determinada nota da agência de classificação. Resumindo, após alguns bons anos de acompanhamento, percebe-se que de todas as empresas que receberam a nota A, apenas 0,001% delas vieram a atrasar o pagamento dos seus débitos. Com aquelas classificadas como B, este percentual chegou a 2%. As C atingiram 15% e a grande maioria das classificadas como D não pagaram em dia.
Com base nessas estatísticas, estamos prontos para calcular a taxa de juros de títulos classificados conforme nosso sistema de notas.
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