PGBL e VGBL são duas siglas muito comuns quando falamos de previdência privada. Revisitei uma postagem anterior para trazer as definições básicas desses produtos de previdência.
VGBL (Vida Gerador de Benefícios Livres) é um seguro e PGBL (Plano Gerador de Benefícios Livres) é uma plano de previdência. Tanto um quanto o outro são instrumentos de poupança de longo prazo, embora os custos cobrados pelas empresas que oferecem estes produtos ainda estejam muito elevados.
O PGBL e VGBL são formatados para que, decorrido um período de acumulação de recursos, o montante resultante pode ser resgatado na forma de uma renda mensal – que poderá ser vitalícia ou por período determinado – ou um pagamento único.
PGBL e VGBL
– Tributação
Além de um tratar-se de seguro e o outro de previdência, outra diferença entre PGBL e VGBL é a tributação. Apesar de, para os dois, ser cobrado o imposto de renda uma única vez, no momento do resgate ou recebimento da renda, o VGBL é devido apenas sobre os rendimentos, no PGBL o imposto incide tanto sobre o valor aplicado quanto sobre seus rendimentos.
Um exemplo bastante simples é o seguinte: suponha que você tenha depositado R$ 1.000,00 num PGBL e R$ 1.000,00 em um VGBL e que o rendimento dos dois foi de R$ 300,00.
Assim, o acumulado em no VGBL é R$ 1.300,00 e idêntico valor fica no PGBL. Suponha também que, em função do regime de tributação que você escolheu, a alíquota de IR seja de 10%. Dessa forma, o valor de resgate será de R$ 1.270,00 no VGBL e R$ 1.170,00 no PGBL.
O PGBL, por ser sujeito a esta regra de tributação, possibilita, para aqueles que recolhem IR e fazem a declaração completa, deduzir o valor aplicado até 12% da renda bruta anual.
PGBL e VGBL
– Custos
Sobre estes produtos podem ser cobradas as seguintes taxas: Taxa de Carregamento (ou carregamento), Percentual de Gestão Financeira (similar à taxa de administração dos fundos de investimento), incidente sobre o patrimônio líquido do fundo no qual estão aplicados os recursos e, em determinados casos, a taxa de carregamento pode ser aplicada sobre os resgates e portabilidades.
O carregamento incide uma única vez ou pode ser dividido em duas parcelas, mas, para simplificar, vamos imaginar que ele se aplique ao dinheiro depositado. Dessa forma, se você aplicar R$ 100,00 e o carregamento for de 3%, R$ 3,00 ficam com a empresa de previdência e R$ 97,00 serão aplicados no fundo. O carregamento é uma comissão que você paga à empresa de previdência.
A taxa de administração, por ouro lado, incide durante todo o período que seu dinheiro ficar aplicado. Em média, as empresas de previdência ou seguradoras associadas a bancos de varejo (grandes bancos públicos e privados com muitas agências), cobram em torno de 3% ao ano, o que afeta bastante o rendimento que você obtém. Apesar de ser indicada em uma taxa ao ano, uma fração dela é deduzida diariamente dos fundos. Outro detalhe é que você paga a tal taxa mesmo que não haja ganho (ou mesmo se houver perdas). Ela se aplica a todo o dinheiro que você tiver depositado, e não sobre o que ganha.
Cuidado, pois esses instrumentos (PGBL e VGBL) são incompatíveis com o curto prazo e que, dada a sua oferta por bancos de varejo, tendem a aplicar as taxas mencionadas anteriormente em percentuais elevados, o que reduz a rentabilidade. Adicionalmente, um cuidado especial deve ser tomado, tendo em vista que resgates antecipados podem acarretar ainda mais perda para o poupador.
Tente evitar a pressão na oferta desses produtos e, se for decidir por eles, verifique todas as ofertas disponíveis, procurando avaliar os custos (taxas) cobrados e condições de resgate antecipados.
Antes de contratar qualquer plano, verifique, no mínimo os seguintes pontos: Taxa de administração (percentual de gestão financeira), taxa de carregamento (cobrado quando você faz os aportes), que pode ser cobrada na entrada e na saída e a composição da carteira (que tipo de risco o seu dinheiro está sendo exposto).
Finalmente, se você não paga imposto de renda, ou se utiliza a declaração simplificada, e quiser mesmo entrar nesses planos, a opção é o VGBL.
Prezado Beto parabéns pelo site! de altíssimo nível e utilidade pública.
Minha história: tenho hoje 30 anos, e aos 22 anos meu pai fez um Brasil Prev Tradicional para mim em 2001 quando eu estava terminando a faculdade. Hoje Pago R$ 118,00 reais mensais, e está previsto para eu começar a receber em 2038, um benefício de R$ 1.038,00 (Hoje na conta tem uns R$ 8.000,00 pois ja fiz um resgate uns anos atrás). A taxa de carregamento é de 9%, e não tenho acesso ao contrato pelo site do banco pois não oferecem essa modalidade mais. Além disso já tentaram várias vezes me convencer de mudar este plano para o VGBL com a vantagem de pagar menor carregamento, mas optamos por não mudar (pois se o banco oferece é bom pra mais eles do que para nós, não é??)
Gostaria de saber se tento aumentar a minha participação nesse tipo de plano, visando aumentar a renda futura (pois nesse caso ela é “prometida”), ou abro uma outra previdência em outro banco nos planos atuais, e mantenho as duas….enfim, ainda não procurei o banco para discutir sobre isso, mas queria sua opinião antes de mais nada.
obrigado
Bom dia,
Gostaria de investir minhas economias valor de 500,000 reais qual seria a sua opiniao em relacao ao tipo de investimento sem riscos seria VGBL ou
PGBL ? sendo que seria no tempo de bloquei maximo 02 anos.
obrigado.
ELBA
Bom dia Beto,
Não entendi quando você mencionou que o VGBL é um seguro, pode ser mais claro?
Se puder me responder por e-mail, agradeço!
Atenciosamente
Bruno Cunha
Olá, Bruno,
O VGBL é classificado como seguro. Na realidade, isso, embora seja ótimo do ponto de vista do resultado financeiro, não tem muita importância para a sua decisão. A diferença é que durante o período de acumulação não incidirão impostos na negociação dos títulos que compõem o fundo.
Abraço do Beto
Ola, Beto, tudo bem?
Gostei bastante do layout do site, limpo e sem poluição visual. Ótimo conteúdo também. Acabei de assinar o feed.
Pesquisando sobre VGBL eu queria que você me tirasse uma grande duvida: Tenho esse plano ha 6 anos e cheguei a conclusão que não compensa, são 3,94 de taxa de carregamento mensal, e com rendimento ínfimo se comparado a outros tipos de investimentos a longo prazo (notas do tesouro, por exemplo). Eu quero cancelar, mas pelo site do BB (convenientemente) eles exibem a mensagem de que não tenho nenhum plano do Brasilprev para ser cancelado, enquanto posso fazer qualquer outra alteração. Moro em outro pais, o que me impossibilita de comparecer pessoalmente ao banco para resolver essa questão. Pois bem, minha duvida eh? Ja que não posso cancelar, qual seria minha opção? Cancelar os pagamentos mensais ou antecipar minha idade de aposentadoria já para o próximo aniversario?
Agradeço desde já pela atenção.
ola Beto, tudo bem?
primeiramente gostaria de parabeniza-lo pelo artigo!
A posteriore vou abusar do seu conhecimento! Meu marido pagou um plano ate o final e agora realizou o resgate, optou por levantar o valor minha duvida esta no caso em comento.
eu não quero que este valor entre na declaração de imposto de renda, ou seja, a receita deve ignorar tal fato. E também não quero que entre como patrimonio (se a nomenclatura usada esta correta)pq não quero que entre na divisão patrimonial de bens.
Olá, Rose,
Muito obrigado.
Não há como este valor não entrar na declaração, porque a institução já mandou a informação para a Receita.
Esta questão patrimonial, desde que esteja na sua conta, não há como evitar.
Abraço do Beto